Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
A pediatra neonatologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sirmani Frazão, orienta todas as mamães de bebês prematuros sobre a importância do anticorpo palivizumabe. Isso porque, segundo a especialista, ele protege contra manifestações agudas de doenças do trato respiratório, como a bronquiolite, que acomete principalmente crianças menores de 2 anos de idade, e cuja incidência é maior durante o inverno.
O palivizumabe é um anticorpo monoclonal que age contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Ele é utilizado durante a sazonalidade do VSR para a prevenção de infecção do trato respiratório inferior, causado por este vírus, em crianças com maior risco de complicação da doença.
“São cinco doses, com o intervalo de 30 dias entre elas. Ele começa no Nordeste, a partir de fevereiro até julho. A época em que as crianças são mais acometidas com esse vírus é de março a julho. O vírus causa bronquiolite, algumas pneumonias virais, que são causas de internação em crianças pequenas, que nasceram prematuras, além dos cardiopatas ou aquelas com alguma doença no pulmão. O anticorpo é indicado para os prematuros e com doença pulmonar por elas adoecem mais”, explicou a médica.
O Ministério da Saúde (MS) indica o anticorpo palivizumabe para as crianças prematuras nascidas com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias, no primeiro ano de vida e para crianças com idade inferior a 2 anos com doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita, com repercussão hemodinâmica demonstrada.
“É importante consultar o pediatra que acompanha o bebê para avaliar realmente a necessidade. Esses bebês geralmente começam a tomar o palivizumabe ainda no hospital. Após a alta médica, as crianças que residem na I Macrorregião de Saúde, são assistidas em Maceió, no II Centro de Saúde, enquanto àquelas que moram na II Macrorregião de Saúde, são atendidas no Espaço Crescer, em Arapiraca. Os bebês já saem do hospital com o relatório médico e prescrição”, salientou Sirmani Frazão.
De acordo com o MS, quando é necessário completar doses após a alta hospitalar, os profissionais da unidade neonatal deverão agendar a próxima dose na própria unidade de saúde, se for um polo de aplicação, ou no polo mais próximo da residência da criança. Além disso, os profissionais devem anotar as doses já aplicadas na Caderneta da Criança e orientar, por escrito, a aplicação das doses subsequentes, com intervalo de 30 dias, no total de até cinco doses, sem ultrapassar o período da sazonalidade do VSR.
*Agência Alagoas