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Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Brasil

Brasil investe R$ 43,4 bi em esportes e conquista 351 medalhas olímpicas em 20 anos

Brasil investe R$ 43,4 bi em esportes e conquista 351 medalhas olímpicas em 20 anos

(Imagem: Reprodução/Redes Sociais - @rebecaandrade)

Nos últimos 20 anos, o Brasil destinou R$ 43,4 bilhões aos esportes olímpicos e o resultado foram 84 medalhas olímpicas, sendo 25 delas de ouro. Incluindo as Paralimpíadas, o país conquistou um total de 351 medalhas, com 112 de ouro. Para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, que começam nesta semana, o Brasil contará com 276 atletas, dos quais 241 são beneficiários do programa Bolsa Atleta, representando 87,3% da delegação.

“O Bolsa Atleta é um incentivo que vai diretamente para o atleta. Isso faz toda a diferença na preparação. Em Paris, dos 275 atletas olímpicos, quase 90% são apoiados pelo programa. Nas Paralimpíadas, o percentual é de 98%, mostrando a importância desse investimento”, detalha o ministro do Esporte, André Fufuca.

Do total de R$ 43,4 bilhões, R$ 6,5 bilhões correspondem ao patrocínio de marcas por meio do programa de incentivo ao esporte do governo federal, a partir de renúncias fiscais. O setor privado, inclusive, deu um salto nos investimentos no evento a partir de 2021, acompanhando o maior interesse da opinião pública: os recursos do último triênio (2021, 2022 e 2023) somaram R$ 1,9 bilhão, valor 48% superior ao aporte que antecedeu as Olimpíadas de Londres em 2012.

A pesquisa, feita pela empresa de análise e pesquisa Ponto MAP, demonstrou que há uma relação direta e proporcional entre os investimentos em esportes olímpicos e a conquista de medalhas. Os valores foram atualizados até dezembro de 2023, pelo IPCA, e tomam como base as informações do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Ministério do Esporte e o portal Transparência no Esporte, da UnB (Universidade de Brasília). Este montante não inclui os investimentos destinados à infraestrutura de grandes eventos sediados no país, como os Jogos Pan-Americanos de 2007 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

“Além do entretenimento, os grandes eventos são expressões da cultura, que geram engajamento do público”, diz Marília Stábile, fundadora da Ponto MAP. “Essas reações podem ser positivas ou negativas e englobam as marcas apoiadoras. Daí a necessidade de medir o impacto social, no caso das Olimpíadas, e o quanto se espera das marcas, para além de um logotipo estampado na camiseta”, afirma.

O estudo revela uma evolução crescente dos investimentos ao longo dos anos. Entre 2003 e 2004, o Brasil investiu R$ 1,5 bilhão, resultando em 10 medalhas nos Jogos Olímpicos e 33 nas Paralimpíadas. Entre 2017 e 2020, período prolongado devido à pandemia, o país investiu R$ 7,3 bilhões e conquistou 21 medalhas nos Jogos Olímpicos e 72 nas Paralimpíadas.

A fundadora ainda destacou o impacto cultural e social dos grandes eventos esportivos. “Nossa pesquisa mostra uma relação direta entre o investimento e o número de medalhas conquistadas. Além disso, 54% da classe C está engajada com as Olimpíadas, o que abre uma janela de oportunidades para investimentos contínuos em infraestrutura esportiva em escolas públicas e privadas. A atividade física é fundamental não apenas para a saúde mental dos jovens, mas também para a convivência social”, ressaltou Stábile.

Bolsa Atleta

Nos Jogos Olímpicos de Paris, a delegação contará com 276 atletas em 39 modalidades esportivas, 27 delas terão 100% de atletas bolsistas. O ministro do Esporte, André Fufuca, que liderará a delegação brasileira durante os Jogos Olímpicos, sublinhou a importância deste número. “Quase todos os atletas que estarão em Paris recebem o apoio do Ministério do Esporte. Isso demonstra que estamos no caminho certo e que os esportistas apoiados estão alcançando um alto desempenho com o incentivo do governo. Isso é positivo para o esporte e para o Brasil. Parabéns a todos os convocados e boa sorte na competição”, afirmou Fufuca.

A lista de atletas beneficiados pelo programa inclui nomes de destaque como Rebeca Andrade (ginástica), Rayssa Leal (skate), Rafaela Silva (judô), Abner Teixeira (boxe), Ana Marcela Cunha (natação em águas abertas), Marta (futebol) e Beatriz Haddad (tênis).

Um aspecto notável da delegação é a presença significativa de mulheres. São 153 mulheres, representando 55% do total de convocados. O COB atribui esse maior número de mulheres ao fato de que as vagas em esportes coletivos, como futebol, vôlei, handebol e rúgbi, foram determinantes para que elas fossem a maioria no Time Brasil. Em contraste, os homens garantiram suas vagas principalmente no vôlei e basquete. O Comitê observa que o número de atletas pode sofrer pequenas alterações devido a possíveis realocações de vagas ou lesões.

O Time Brasil competirá em 39 modalidades, que incluem:

  • Águas abertas
  • Atletismo
  • Badminton
  • Basquete (masculino)
  • Boxe
  • Canoagem slalom
  • Canoagem velocidade
  • Ciclismo BMX Racing
  • Ciclismo BMX Freestyle
  • Ciclismo estrada
  • Ciclismo mountain bike
  • Esgrima
  • Futebol (feminino)
  • Ginástica artística
  • Ginástica rítmica
  • Ginástica trampolim
  • Handebol (feminino)
  • Hipismo adestramento
  • Hipismo CCE
  • Hipismo saltos
  • Judô
  • Levantamento de pesos
  • Natação
  • Pentatlo moderno
  • Remo
  • Rúgbi (feminino)
  • Saltos ornamentais
  • Skate
  • Surfe
  • Taekwondo
  • Tênis
  • Tênis de mesa
  • Tiro com arco
  • Tiro esportivo
  • Triatlo
  • Vela
  • Vôlei
  • Vôlei de praia
  • Wrestling

Atletas com mais participações

Rodrigo Pessoa, cavaleiro campeão olímpico e detentor de dois bronzes, participará de sua oitava edição dos Jogos Olímpicos de verão, estabelecendo um novo recorde brasileiro. Ele superará Robert Scheidt (vela) e Formiga (futebol), ambos com sete participações. Considerando qualquer edição dos Jogos Olímpicos, Pessoa igualará Jaqueline Mourão, que possui três participações em Jogos de verão e cinco em Jogos de inverno.

*R7