Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta sexta-feira (22) a conclusão de auditorias realizadas pelo órgão no pagamento de benefícios criados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
Segundo a CGU, R$ 1,97 bilhão foi pago indevidamente por meio dos auxílios taxista e caminhoneiro.
Irregularidades em benefícios pagos pelo governo Bolsonaro em 2022
PESSOAS QUE RECEBERAM BENEFÍCIOS IRREGULARMENTE | TOTAL PAGO INDEVIDAMENTE | |
TAXISTAS | 246 mil | R$ 1,4 bilhão |
CAMINHONEIROS | 110 mil | R$ 582 milhões |
Em entrevista, após a apresentação dos dados, o controlador-geral da União, Vinícius de Carvalho, destacou que esses auxílios começaram a ser pagos a partir de agosto de 2022, ou seja, às vésperas das eleições de 2022. Para ele, houve um uso "deturpado" de programas sociais pela gestão Jair Bolsonaro.
O controlador-geral disse também que as auditorias realizadas serão encaminhadas ainda nesta sexta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá avaliar eventuais ilícitos eleitorais cometidos pelo então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
“Todos esses auxílios começam a ser aplicados a partir de agosto de 2022. Para vocês terem uma noção, no segundo turno das eleições, vejam a quantidade de consignado que foi colocada na praça. 93% do contratado foi durante esse período de 2022”, afirmou o ministro.
“O que estamos falando aqui é do uso desses instrumentos durante o período eleitoral e o impacto que isso teve – ou pode ter tido – no resultado eleitoral, e o uso da administração pública para beneficiar ou sustentar uma campanha”, acrescentou.
A auditoria da CGU também concluiu que R$ 8,4 milhões foram descontados, pela Caixa, de forma indevida de 46,8 mil famílias beneficiárias do Auxílio Brasil.
Segundo a CGU, essas famílias tiveram valores descontados sem terem contratado empréstimo consignado com o banco, possibilidade lançada pela gestão Bolsonaro em outubro de 2022.
O órgão verificou ainda que 5,1 mil famílias contrataram empréstimos que comprometeram o valor do benefício acima do limite permitido (teto era de 40%).
No governo Lula, o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda, voltou a se chamar Bolsa Família.
*G1