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Quinta-Feira, 13 de março de 2025

Brasil

Defesa aérea: Forças brasileiras não têm drones de combate; conheça modelos usados

Defesa aérea: Forças brasileiras não têm drones de combate; conheça modelos usados

(Imagem: FAB)

As Forças Armadas brasileiras têm 7 modelos de drones em operação. Todos são de monitoramento, e nenhum é de combate, como os equipamentos utilizados pela Ucrânia em ataques contra a Rússia nesta semana.

Um dos drones usados pelo Brasil é o Hermes 900. De fabricação israelense, o modelo foi usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para ajudar a localizar pessoas que precisavam de resgate nas enchentes no Rio Grande do Sul, tragédia ocorrida em maio de 2024.

Outro drone é o Nauru 1000C, utilizado pelo Exército. Esse modelo pode vir a incorporar mísseis, o que faria o Brasil se juntar ao grupo de 54 outros países que já possuem drones de ataque, segundo um levantamento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

Na América Latina, somente a Venezuela possui drone de combate – o Mohajer, um dos modelos fabricados pelo Irã, que está entre os maiores países fornecedores desse tipo de equipamento.

 

O Brasil pretende ter um modelo de drone de combate até novembro de 2027, conforme informado pelo Exército em nota ao g1. Será feita uma adaptação do Nauru 1000c em parceria com duas empresas, e ela deve ser testada a partir deste ano até ser incluída no arsenal da força.

Equipamento localiza tropas e bases de oponentes

 

Professor do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da Universidade de Harvard, Vitelio Brustolin ressalta a utilidade dos modelos de ataque.

"Atualmente, há desenvolvimentos acelerados para drones de reconhecimento, cuja principal função é explorar a localização das tropas e depósitos oponentes, permitindo que tanto a artilharia quanto os sistemas de mísseis atinjam os alvos com maior precisão. Nesse caso, o tamanho reduzido tem vantagens e pode evitar o reconhecimento e o abate do drone", afirma.
 

Todos os 7 drones utilizados pelas Forças Armadas brasileiras, por exemplo, podem funcionar para orientar as aeronaves de combate sobre alvos – a chamada condução de tiro.

 

Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) afirma, entretanto, que o Brasil está ficando para atrás na era dos drones de combate.

Para o especialista, o país tem, inclusive, empresas nacionais com capacidade de desenvolver drones de combate – o Nauru 1000C, que pode ser adaptado para transportar mísseis, é feito pela XMobots.

O especialista afirma, entretanto, que falta apoio e direcionamento do Estado.

“Enquanto nós não tivermos efetivamente uma reforma das forças armadas brasileiras, onde você tem a destinação concreta de uma porcentagem do orçamento para aquisição de novos equipamentos, a indústria não vai para frente. Já que os militares estão falando tanto que precisamos de 2% do PIB para tudo funcionar direito, padrão OTAN. Tem o seguinte: 2% do PIB, mas há uma limitação do quanto se gasta em folha de pagamento para ter no mínimo 30% do orçamento para novas aquisições. Então, aumentar o nosso orçamento sem uma reforma não vai sustentar isso", diz.
 

Veja mais detalhes sobre os drones dos militares brasileiros:

 

Hermes-900 / ✈️ FAB

 
Drone Hermes RQ-900 da Força Aérea Brasileira. — Foto: Arte/g1

Drone Hermes RQ-900 da Força Aérea Brasileira. — Foto: Arte/g1

  • Autonomia: 36 horas
  • Altitude máxima: 9.144 m
  • Velocidade máxima: 220 km/h
  • Peso: 1.100 quilos
  • Altura: 3 m
  • Comprimento: 8,3 metros
  • Envergadura: 15 metros
  • Fabricação: Israel

*G1