Terça-Feira, 21 de maio de 2024
Terça-Feira, 21 de maio de 2024
A ex-deputada Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal de Niterói após mais de seis dias de julgamento em júri popular.
Outros quatro réus também foram condenados por envolvimento no crime em julgamento realizado em abril deste ano.
Após 21 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Niterói absolveu nesta quarta-feira (13) Carlos Ubiraci Francisco da Silva , filho afetivo de Flordelis, pela morte do pastor Anderson do Carmo. Carlos respondia por homicídio triplamente qualificado. Apesar da absolvição por homicídio, ele foi condenado por associação criminosa.
Os outros três réus, Adriano dos Santos Rodrigues (filho biológico de Flordelis), Marcos Siqueira Costa (ex-policial militar) e Andrea Santos Maia (mulher de Marcos Siqueira) foram condenados por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada (veja as penas abaixo).
Esse documento falso foi uma carta forjada a fim de inocentar Flordelis. Segundo as investigações, Marcos teria auxiliado a esposa na mensagem falsa em que Lucas teria revelado que Mizael, outro filho adotivo de Flordelis, teria oferecido a ele um emprego e um carro em troca de um “susto” em Anderson do Carmo.
As penas:
A ex-deputada Flordelis disse durante o interrogatório que abusos que o pastor cometia dentro de casa foram a motivação para que fosse assassinado – abusos inclusive contra ela.
Flordelis voltou a negar, no entanto, que tenha envolvimento na execução. A ex-deputada lembrou que dois filhos – Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza – foram condenados pela execução, mas disse que não poderia dizer quem foram os autores porque não estava na cena do crime.
“Eu não posso acusar ninguém, eu não estava presente no local, eu não vi. Eu não posso afirmar. Meu filho Flávio foi sentenciado e meu filho Lucas foi sentenciado."
Flordelis se emocionou muito durante o interrogatório. Um dos jurados chegou a perguntar se o choro era real, e a ex-deputada confirmou que "sim" (veja como foram os outros interrogatórios deste sábado).
Réus: Marzy Teixeira, ao fundo, Rayane dos Santos, Simone dos Santos (de óculos). À frente, Flordelis e o filho André Luiz — Foto: Brunno Dantas/TJRJ
*G1