Aguarde. Carregando informações.
MENU

Sábado, 23 de novembro de 2024

Brasil

Forças Armadas destroem pista de pouso clandestina na Terra Indígena Yanomami

Forças Armadas destroem pista de pouso clandestina na Terra Indígena Yanomami

(Imagem: CMA/Divulgação)

As Forças Armadas destruíram uma pista de pouso clandestina que sustentava o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A informação foi divulgada neste domingo (23).

A ação, realizada em conjunto com as agências e Órgãos de Segurança Pública (OSP), destruiu a pista de pouso conhecida como Rangel, uma das principais vias usadas pelos invasores para acessar o território.

A neutralização da pista tem o objetivo de romper o fluxo de apoio logístico, colaborando com a interrupção da atividade de garimpo ilegal na região, segundo o Comando Militar da Amazônia. A pista foi destruída na última sexta-feira (21).

Destruição da pista tem o objetivo de romper o fluxo de apoio logístico — Foto: CMA/Divulgação

Pista era uma das principais vias usadas pelos garimpeiros — Foto: CMA/Divulgação

Pista era uma das principais vias usadas pelos garimpeiros — Foto: CMA/Divulgação

O relatório "Yanomami sob ataque", divulgado em 2022 pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), identificou 40 pistas de pouso clandestinas que transportam pessoas, alimentos e equipamentos usados na extração do ouro, entre elas a pista do Rangel.

Conforme o documento, o frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta. O valor de uma viagem para a pista do Rangel, por exemplo, custava cerca de R$ 11 mil à época.

No dia 20, na mesma região, 13 garimpeiros foram presos e três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento foram destruídos.

Com as novas prisões, chegou a 50 o número de garimpeiros presos na Terra Yanomami durante a operação Ágata Fronteira Norte. A Ágata Fronteira Norte é uma operação interagências coordenada entre Órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas.

Terra Yanomami

 

Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.

Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.

Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% - cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.

A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente - com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.

*G1