Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
A Polícia Federal brasileira formalizou neste sábado (13) a oferta com uma série de medidas para auxiliar a Polícia Nacional do Equador a enfrentar a onda de violência no país. O documento, assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, apresenta seis possibilidades, entre elas, o envio de policiais federais brasileiros para o país vizinho.
Além disso, a PF propõe a criação de um adido da corporação brasileira em Quito, capital equatoriana. O objetivo é fortalecer a cooperação policial existente entre os dois países para enfrentar o crime organizado transnacional.
O documento também oferta o envio de federais brasileiros para o apoio de investigações, ações de inteligência e outras atividades relacionadas com a segurança pública. O fornecimento de equipamentos de inteligência para a localização de fugitivos e investigações sensíveis também está na lista.
A Polícia Federal também colocou à disposição cursos de capacitação em investigação e inteligência utilizados anteriormente pelo Paraguai e Bolívia. A formação inclui análise financeira para enfraquecer organizações criminosas.
A corporação brasileira quer colaborar ainda com a identificação de criminosos brasileiros, que estão ou não em território equatoriano; apoiar por meio do Centro de Cooperação Policial Internacional, localizado no Rio de Janeiro (RJ) e ajudar no que a Polícia Nacional do Equador avaliar ser necessário.
A onda de violência no Equador começou após a fuga do chefe da maior facção criminosa local da cadeia. Líder do grupo Los Choneros, José Adolfo Macias desapareceu da prisão onde estava detido. Apelidado de Fito, ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio.
Durante a onda de violência, uma emissora de televisão local foi invadida por homens armados, que fizeram os funcionários reféns. Além disso, o dono de uma churrascaria no país, o brasileiro Thiago Allan Freitas, foi sequestrado e criminosos pedem US$ 3.000 para liberá-lo. O comércio na capital Quito e em Guayaquil fechou as portas e as aulas nas escolas foram suspensas em todo o país.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil afirmou que acompanha "com preocupação" a violência no Equador. A pasta disse ainda que "condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados e manifesta solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques".
*R7