Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Presos por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram transferidos de Brasília na manhã desta quarta-feira (27). O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e acusado de planejar o crime, permanece preso na capital federal.
A informação foi confirmada pela reportagem com fontes. Por motivos de segurança, a Polícia Federal vai usar a estratégia de não revelar para quais presídios Chiquinho e Domingos serão enviados. De todo modo, os irmãos devem ficar separados. O país têm cinco prisões consideradas de segurança máxima — além de Brasília, há unidades em Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Conheça quem são os mandantes do crime:
• Chiquinho Brazão: suspeito de mandar matar Marielle e Anderson — ele é deputado federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro e, à época do crime, era vereador e foi autor de uma lei que pode ter motivado o crime (leia mais abaixo).
• Domingos Brazão: suspeito de mandar matar Marielle e Anderson — irmão de Chiquinho, ele é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e, à época do crime, era deputado estadual; e
• Rivaldo Barbosa: suspeito de ajudar a planejar o crime e de atrapalhar as investigações — ele é delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro e, um dia antes do crime, tomou posse como chefe da Polícia Civil no estado.
A motivação do crime pode ter sido um embate entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão em torno de um projeto de lei que regularizava terrenos dominados pela milícia. A então vereadora era contra a proposta e era considerada o principal ponto de resistência dentro da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
A lei foi aprovada, mas vetada pelo então prefeito Marcelo Crivella. O veto foi derrubado pelos parlamentares, o que motivou o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) a entrar com uma ação no TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O tribunal declarou a lei inconstitucional por "usurpar a função do chefe do Executivo e ferir a constituição do estado do Rio de Janeiro."
*R7