Quarta-Feira, 09 de abril de 2025
Quarta-Feira, 09 de abril de 2025
O Brasil sediará em novembro deste ano a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA), e precisará adotar uma série medidas em diversos setores para garantir a realização do evento, considerado o maior do mundo na área ambiental.
De acordo com o presidente da COP 30, o diplomata André Corrêa do Lago, são esperados na conferência representantes de mais de 190 países. A organização do evento estima que, somente durante a Cúpula de Chefes de Estado, o principal momento do encontro, 12 mil pessoas deverão estar presentes.
Entre os desafios que se colocam para o país, segundo a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) que visitou Belém, estão, por exemplo:
Nesse contexto, o secretário extraordinário da Casa Civil responsável pela COP 30, Valter Correia, apresentou nesta semana em Brasília quais são as medidas que o país pretende adotar ao longo dos próximos meses e também durante a conferência.
De acordo com o governo federal, devem ser adotadas as seguintes medidas:
No último dia 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Belém para acompanhar o andamento das obras na cidade para receber o evento internacional.
Principal defensor da organização da COP em Belém nos fóruns internacionais, o presidente tem dito que os líderes mundiais costumam dizer que é preciso defender a Amazônia, mas precisam conhecer a região para saber quais propostas devem ser efetivamente apresentadas e discutidas.
"Eu saio daqui com a certeza que a gente vai fazer a melhor COP já realizada na história. Todas as COPs têm como tema central a Amazônia. [...] Essa COP vai ser na Amazônia para vocês conheceram a Amazônia tal como ela é. Conhecer o povo do Pará, tal como eles são", disse Lula após a visita do dia 14.
O presidente Lula durante discurso em Belém (PA); petista voltou a criticar medidas de Trump sobre meio ambiente — Foto: Reprodução/CanalGov
Em entrevista publicada no último dia 30 no site oficial da COP 30, André Corrêa do Lago disse que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris pode impactar as decisões do encontro em Belém.
Especialistas alertam que, como os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, as decisões do recém-empossado presidente Donald Trump na área ambiental podem ter impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas.
"Estamos enfrentando circunstâncias excepcionais, e a conferência será impactada por decisões de países-chave, como os Estados Unidos, que recentemente anunciaram sua saída do Acordo de Paris", afirmou André Corrêa do Lago.
*G1