Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
Outras três vítimas foram retiradas sem vida pelas equipes de resgate durante o dia. O jovem Deivison Soares da Silva, de 19 anos, foi retirado com vida, mas morreu após ser levado ao hospital. Ele era filho de Maria da Conceição Mendes da Silva, de 43 anos, que também faleceu por causa do desabamento.
Deivison foi resgatado com vida por volta das 15h e levado para o Hospital Miguel Arraes, localizado em Paulista, aonde chegou com parada cardiorrespiratória. A equipe médica tentou reanimá-lo, mas o paciente não resistiu aos ferimentos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, chegou a 20 o total de vítimas do desabamento, das quais morreram:
Com relação às outras vítimas:
A primeira pessoa a ser retirada dos escombros foi uma mulher de 65 anos, que também foi encaminhada ao Hospital Miguel Arraes. Segundo a unidade de saúde, ela foi submetida a exames, com quadro estável, e foi transferida para o Hospital Português, na Ilha do Leite.
Outra vítima resgatada foi uma adolescente de 15 anos. Um vídeo mostra o momento em que moradores tentam tirá-la dos escombros. A jovem foi levada para o Hospital da Restauração (HR), no Recife, que informou que a paciente teve fraturas na bacia, passou por exames de imagem, tem quadro de saúde estável e segue internada em observação.
Por volta das 18h, uma segunda adolescente, de 15 anos, foi resgatada com vida dos escombros. Segundo os bombeiros, ela foi encaminhada para o Hospital Miguel Arraes.
O desabamento aconteceu às 6h07, na Rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima, no bairro do Janga. Segundo o Corpo de Bombeiros, um dos blocos do Conjunto Beira-Mar desabou totalmente, com 16 apartamentos, e outro parcialmente, afetando oito unidades.
"É diferente de um deslizamento [de terra]. Aqui, vários bolsões de ar são formados com a queda do concreto. Então, a gente tem esperança de resgatar mais pessoas com vida. O cão [farejador] é um parceiro fundamental para a nossa operação. A gente faz o procedimento e tenta manter contato com essas vítimas, e tivemos com sucesso agora", disse o coronel Robson Roberto.
Prédio desabou em Paulista, no Grande Recife — Foto: Arte/g1
O prédio que desabou faz parte do Conjunto Beira-Mar, que, segundo a prefeitura, estava interditado por ordem judicial desde 2010. No entanto, foi reocupado de forma irregular em 2012
Esse tipo de prédio, que é popularmente conhecido como "prédio caixão", tem térreo e três andares e, em cada pavimento há quatro apartamentos.
Uma nova vistoria foi realizada em 2018, confirmando a necessidade de interdição. Mesmo com o novo laudo, os ocupantes continuam no prédio. Não há informação se as pessoas estavam em algum programa habitacional ou se recebiam algum tipo de suporte para deixarem o local de risco.
Ao todo, 50 bombeiros, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Defesa Civil de Paulista e 40 voluntários foram acionados para atuar em busca das vítimas.
*G1