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Quarta-Feira, 12 de fevereiro de 2025

Economia

BC divulga hoje ata da 1º reunião do Copom sob a gestão de Gabriel Galípolo

BC divulga hoje ata da 1º reunião do Copom sob a gestão de Gabriel Galípolo

(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)

O Banco Central divulga nesta terça-feira (4) a ata da primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sob a gestão de Gabriel Galípolo. O documento revela os temas discutidos, como foram abordados e as expectativas do comitê para os próximos meses. A reunião ocorreu nos dias 28 e 29 de janeiro, quando o Comitê decidiu aumentar a taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2023. Esta alta é a quarta consecutiva desde setembro do ano passado. A decisão esteve alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava esse aumento.

 

Em comunicado divulgado após o fim da reunião, o Copom explicou que a decisão faz parte da estratégia de reduzir a inflação para um nível próximo da meta estabelecida para o terceiro trimestre de 2026, que é de 4%. A inflação oficial do país fechou 2024 em 4,83%.

“O cenário mais recente é marcado pela desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, ressaltou o Copom.

O comitê indicou que pode promover uma nova alta de 1 ponto percentual na próxima reunião do colegiado sobre a taxa de juros, o que elevaria a Selic para 14,25% ao ano.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, caso o cenário esperado se confirme, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, afirmou o Copom.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será determinada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, completou o comitê.

A nova taxa valerá pelo menos até 19 de março, quando os diretores do Banco Central se reunirão novamente para discutir a conjuntura econômica nacional e anunciarão outra decisão sobre a Selic.

“Superquarta”

O anúncio foi feito na primeira “superquarta” de 2025, como são chamadas as quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil.

Nos EUA, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (o banco central norte-americano) manteve inalterada a taxa de juros do país, que segue na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.

No fim de 2024, com a escalada do dólar e da inflação, o Banco Central intensificou o aumento da Selic para conter o consumo e a pressão sobre os preços.

*R7