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Quinta-Feira, 02 de maio de 2024

Economia

Taxar super-ricos e empresas dará 'esperança para o mundo', diz Haddad

Taxar super-ricos e empresas dará 'esperança para o mundo', diz Haddad

(Imagem: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda - 17.abr.2024)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 5ª feira (18.abr.2024) que a taxação dos super-ricos e o aumento do imposto corporativo mínimo global “traria esperança para o mundo”. O Brasil apresentou um projeto com essas medidas durante a 2ª reunião da Trilha financeira do G20, em Washington D.C., nos Estados Unidos, que começou na 4ª feira (17.abr).

A medida foi elaborada pelos economistas Gabriel Zucman e Esther Duflo. Na prática, defende que o imposto corporativo –aplicado sobre o lucro das multinacionais– passe de 15% para 20%. Além disso, quer taxar os bilionários em 2%.

“A proposta do Brasil é que essa alíquota seja de 20% e, com essa diferença, constituiríamos um fundo que seria complementado com a taxação da riqueza dos super-ricos. Nós entendemos que combinadas essas duas propostas, conseguiríamos um fundo de US$ 500 bilhões”, declarou Haddad em entrevista a jornalistas.

O ministro falou sobre o tema ao lado do senador norte-americano Bernie Sanders, do partido Democrata. Haddad reforçou que os “impostos corporativos têm que ser internacionais” e considerou baixa a taxação já prevista pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

Segundo Haddad, os recursos obtidos iriam para ações ambientais e para o combate à pobreza. O titular da Fazenda também pediu que a Casa Branca apoiasse a proposta.

“Penso que os Estados Unidos podem ser, junto com a França e a Espanha, grandes apoiadores dessa mudança importante nas finanças globais”, declarou. Ao ser questionado sobre o fato de a Alemanha não dar suporte à proposição, Haddad disse que o país europeu “mudará” de ideia.

Bernie Sanders se mostrou favorável à proposta e Haddad o agradeceu pela posição.

*Poder360