Domingo, 24 de novembro de 2024
Domingo, 24 de novembro de 2024
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta sexta-feira (11) estima que, entre 2025 e 2027, mais de 14 milhões de brasileiros precisarão se qualificar para se manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial.
O levantamento aponta que a indústria precisará de 2,2 milhões de profissionais com qualificação inicial para ocupar novos postos ou para substituir trabalhadores que vão sair do mercado.
Os dados constam do Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, da CNI, que serve para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar investimentos em formação profissional para o setor nos próximos anos.
Entre 2025 e 2027, a CNI projeta que o setor industrial deve registrar um crescimento econômico médio de quase 2%.
No mesmo período, a expectativa é que sejam criadas 609.435 novas vagas na área ou em ocupações relacionadas ao setor. Esse estoque positivo de vagas está dentro dos 2,2 milhões de profissionais que precisarão ser qualificados para entrar no mercado industrial.
Haverá alta também em vagas de nível técnico (4,4%), médio (4,1%) e fundamental (2,4%).
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, até 2027, as áreas com maior demanda por qualificação profissional (para novas vagas ou para aprimoramento) serão:
O gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria e responsável pela realização do estudo, Márcio Guerra, avalia que as conclusões do Mapa do Trabalho Industrial ajudam o setor a projetar as necessidades de mão de obra e direcionar investimentos para atrair profissionais.
Segundo ele, além de orientar a indústria, o estudo também pode auxiliar trabalhadores na escolha do futuro profissional.
O levantamento realizado pela CNI indica que as Regiões Sul e Sudeste vão concentrar 72% da demanda do setor por qualificação profissional até 2027.
A expectativa é que, somente no Sudeste, 5,7 milhões de profissionais precisarão passar por aprimoramentos. A maior fatia dessa demanda estará em São Paulo, com 4,2 milhões de trabalhadores a serem requalificados.
Especialista em mercado de trabalho do Observatório Nacional da Indústria, Anaely Machado afirma que o estudo vai ajudar a "orientar o planejamento de oferta de cursos de formação profissional".
"A partir do momento que nós ofertamos cursos mais aderentes às necessidades do mercado de trabalho, nós garantimos que os trabalhadores que estão ingressando estejam mais preparados e com formação mais adequada para aquilo que o mercado precisa de fato", diz.
*G1