Domingo, 22 de setembro de 2024
Domingo, 22 de setembro de 2024
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu nesta sexta-feira (27) que houve uma piora nas expectativas para as contas do governo neste ano de R$ 80 bilhões a R$ 85 bilhões em relação ao estimado pela equipe econômica no começo deste ano.
Rogério Ceron, do Tesouro Nacional, explicou que, em relação àquela projeção da área econômica feita no início do ano, houve piora por conta de fatores não contabilizados. São eles:
Apesar de questionado, o secretário do Tesouro Nacional não informou qual pode ser o tamanho do rombo nas contas públicas neste ano. A última estimativa feita pela equipe econômica, feita em setembro, é de que o déficit primário nas contas do governo deve somar R$ 141,4 bilhões em 2023.
Rogério Ceron, do Tesouro Nacional, também admitiu que o cenário para as contas do governo em 2024 se tornou "mais desafiador" por conta do cenário externo – que tem reduzido o preço das "commodities" (produtos básicos) e gerado perda de arrecadação federal.
"Estamos fazendo um processo de análise acurada seja das medidas, seja do cenário externo [...], para os ministros tomarem as melhores decisões. Não há decisão de alteração [da meta de déficit fiscal zero], mas há um cenário mais desafiador por conta do cenário externo", declarou Ceron.
Em agosto, o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de orçamento, para 2024, que contempla um déficit zero em suas contas – resultado considerado ousado por economistas do mercado financeiro.
O secretário do Tesouro Nacional observou, porém, que algumas medidas poderão melhorar o resultado em 2024.
Ele citou o incremento de recursos oriundos de decisões do Carf (que não entraram neste ano pela demora na aprovação do voto de qualidade pelo Congresso Nacional) e, também, a possível entrada de dezenas de bilhões em recursos de empresas por conta do fim de subvenções ao custeio - fruto de decisão do Superior Tribunal de Justiça. O Congresso Nacional também está avaliando esse tema.
*G1