Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
A diferença entre a arrecadação e as despesas do governo geral – governo federal, municípios e estados – foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2024.
As informações constam de relatório publicado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (17).
Segundo o relatório, houve uma redução na necessidade de financiamento do governo geral na comparação com o mesmo período de 2023, no patamar de 1,9% do PIB.
A necessidade de financiamento tem relação com o valor das despesas que não são compensadas pelas receitas. Ou seja, o que o governo geral gasta menos o que o governo recebe.
No primeiro trimestre de 2023, esse valor estava no patamar de 2,6% do PIB.
Ao separar os resultados por esfera de governo geral, o relatório aponta que a necessidade de financiamento do governo federal chegou a 4,9% no período ante 4,1% no primeiro trimestre de 2023.
Entre janeiro e março deste ano, a receita aumentou 2,2 pontos percentuais na comparação com 2023, saindo de 40% para 42,2% do PIB.
O Tesouro atribui a alta à receita com impostos sobre bens e serviços. No governo federal, o aumento da receita com PIS/Cofins sobre combustíveis – que estavam desonerados no início de 2023 – também contribuiu para o resultado.
A despesa do governo central também aumentou no período, de 42,6% em 2023 para 44,1% em 2024. Gastos com previdência e assistência social puxaram a alta.
Contudo, houve uma queda nas despesas com juros, por causa da redução na taxa Selic no período.
O governo federal definiu a meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Isso quer dizer que despesas e receitas devem ser equivalentes, com um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual, algo em torno de R$ 28 bilhões.
O equilíbrio das contas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar um aumento da dívida brasileira.
Segundo o colunista do g1 do Valdo Cruz, a ala econômica do governo federal considera anunciar um bloqueio de R$ 10 bilhões no próximo dia 22. Contudo, os primeiros cálculos indicam a necessidade de cortar R$ 21 bilhões do orçamento.
*G1