Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
O governo anunciou nesta sexta-feira (7) o fim do programa de descontos para carros populares, com a liberação de todos os recursos disponibilizados para as montadoras. A estimativa do governo é que 125 mil veículos tenham sido vendidos. A iniciativa continua para compra de caminhões, ônibus e vans.
Os descontos foram de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de pequeno porte, com valor total de até R$ 120 mil.
Ao todo, foram liberados R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões previstos em descontos para essa modalidade. Os R$ 150 milhões restantes serão usados para compensar a perda de arrecadação em impostos, causada pelo desconto no preço final dos veículos.
Para caminhões, foram utilizados R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões disponíveis. Já para ônibus, do total de R$ 300 milhões, R$ 140 milhões já foram solicitados.
As informações foram divulgadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, em entrevista a jornalistas. Segundo o ministério, o programa "deu fôlego à cadeia automotiva".
Mais cedo nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já tinha dito que não havia mais "espaço fiscal" para a ampliação da iniciativa.
"Isso aí exige compensação e estamos chegando num momento, no meio do ano, em que não há mais espaço fiscal para isso", declarou.
Segundo o governo, a maior parte dos descontos foi concedido pela montadora Fiat, seguida pela Volkswagen e Renault. Veja a lista abaixo:
Desenho do programa
No total, o programa liberou R$ 1,8 bilhão para baratear o preço dos automóveis zero, principalmente carros populares e frotas de caminhões e ônibus menos poluentes.
O desenho inicial do programa previa R$ 1,5 bilhão, mas, no último dia 30, o governo liberou outros R$ 300 milhões, com recursos provenientes da retomada parcial de impostos sobre o diesel.
Os recursos foram distribuídos da seguinte forma:
Ao lançar o programa, no início de junho, o governo anunciou que a fonte dos recursos era a reoneração do diesel em R$ 0,11, a partir de setembro. Os recursos adicionais de R$ 300 milhões, por sua vez, vieram do aumento dos impostos em mais R$ 0,03 por litro de diesel, a partir de outubro.
*G1