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Sábado, 21 de setembro de 2024

Economia

Governo trabalha para 'calibrar' imposto no comércio eletrônico ainda em 2023, diz secretário

Governo trabalha para 'calibrar' imposto no comércio eletrônico ainda em 2023, diz secretário

(Imagem: Freepik)

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que o governo tentará "calibrar" a alíquota do imposto de importação do comércio eletrônico ainda este ano.

"Vamos poder calibrar uma alíquota do e-commerce que dê isonomia ao varejo nacional. A nossa preocupação é com o varejo nacional e, principalmente, com o emprego no setor", declarou.

"Eu tenho dito ao varejo que não é possível chegar a uma solução no curto prazo sem ter os números na mão para ter uma decisão correta", completou.

Durigan reafirmou que o trabalho não tem sido fácil, porque exige adaptação logística da Receita Federal e outros órgãos reguladores.

"Temos uma regra no Brasil da década de 1990 que definia 60% de imposto de importação, mas ninguém nunca pagou nada. É uma solução desafiadora que o governo está encarando de frente. Todas as grandes empresas de e-commerce entraram no programa e estão nos passando as informações", acrescentou o secretário-executivo.

Remessa Conforme

As novas regras para compras de produtos estrangeiros em sites começaram a vigorar em agosto.

A medida isenta do Imposto de Importação federal as encomendas de até 50 dólares feitas por pessoa física.

Para a empresa realizar a venda com o imposto zerado, é necessário que ela seja inscrita no sistema Remessa Conforme, da Receita Federal.

O programa prevê que os sites que aderirem às normas serão obrigados a cobrar os tributos de forma antecipada, no momento em que a compra é feita.

Em troca, terão isenção do Imposto de Importação, que é federal e tem alíquota de 60%, nas compras até 50 dólares (cerca de R$ 240). Já as compras acima desse valor continuarão sujeitas à alíquota de 60%.

Reclamações nas redes e defesa do governo

Porém, usuários nas redes sociais têm reclamado da nova carga tributária mesmo assim. A cobrança total chega a 92% do preço do produto final.

A medida do governo tem o alegado objetivo de proteger a indústria nacional contra as concorrentes asiáticas.

Para defender a iniciativa, pessoas próximas ao governo Lula enganosamente alegaram que a tributação não incidiria sobre os clientes.

A primeira-dama Rosângela da Silva, por exemplo, disse que "a taxação é para as empresas e não para o consumidor". O influenciador Felipe Neto chegou a falar:

"Se você viu que o governo vai tributar a Shopee, Shein e o AliExpress, saiba: estão mentindo pra você de propósito. Toda compra feita nesses sites JÁ É tributada em até 60%. Contudo, algumas empresas estão cometendo FRAUDE para fugir do pagamento de impostos."

*Do R7, com Estadão Conteúdo