Aguarde. Carregando informações.
MENU

Sábado, 21 de setembro de 2024

Economia

Grupo de trabalho da reforma tributária no Senado quer garantir limite máximo de imposto

Grupo de trabalho da reforma tributária no Senado quer garantir limite máximo de imposto

(Imagem: BRUNA LIMA/R7)

O grupo de trabalho da reforma tributária no Senado apresentou nesta quinta-feira (19) à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o relatório com sugestões de mudanças à proposta de emenda à Constituição (PEC) 45. Entre as alterações está a necessidade de estabelecer um percentual máximo de imposto a ser cobrado, a fim de garantir que não haja aumento dos tributos a nenhum setor da economia.

A conclusão do grupo de trabalho foi apresentada pelo senador Efraim Filho (União-PB). Na sessão, ele ressaltou a necessidade da reforma tributária para nortear um crescimento da economia brasileira e defendeu as sugestões como o caminho para garantir a aprovação no Congresso.

Sobre a criação de um imposto seletivo a ser aplicado sobre produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, o grupo sugeriu maior controle do Congresso para estabelecer o tributo, com a exigência de aprovação de uma lei complementar para isso. Também pede para que não recaia sobre áreas de combustíveis, energia e telecomunicações.

“O que a Câmara propôs traz um conceito muito alargado, pouco transparente e que causa insegurança jurídica”, justificou Efraim.

Outra proposta é a diminuição do tempo de transição tributária de 50 para 30 anos, medida que encontra resistência por parte do relator da matéria no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM). Alguns temas sugeridos pelo grupo de trabalho, na avaliação de Efraim, têm mais possibilidade de serem acatados. A redução dos poderes do Conselho Federativo é um deles. "A ideia é trazer critérios operacionais e administrativos, preservando com o Congresso Nacional as prerrogativas federativas", explicou Efraim.

Outra sugestão mais pacífica é a forma de compensação imediata para prestigiar o contribuinte, fazendo com que aquilo que ele pagou de imposto gere crédito instantâneo para ele, uma lógica do processo que, até então, não estava prevista no texto.

A expectativa dos senadores que compõem o grupo é que o relator já incorpore parte das sugestões no parecer a ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, no plenário da Casa. Temas divergentes poderiam ser tratados de forma separada, com destaques.

Para acolher essas e outras sugestões, Braga inclusive adiou a apresentação do parecer na CCJ, que tinha previsão de ocorrer nesta quarta-feira (18). A intenção do senador é produzir um parecer com amplo apoio no Senado, e a análise da CAE é relevante nesse sentido, já que é uma das comissões mais importantes e robustas da Casa.

Até o momento, o texto já recebeu aproximadamente 400 sugestões de alterações, e Braga deu sinais de que algumas mudanças devem ser consolidadas, como a vedação à criação de novos impostos estaduais e a imposição de um teto à carga tributária. "Não é possível aprovar um texto sem alteração", afirmou o relator.

A nova previsão de entrega do parecer de Braga à CCJ é para a próxima terça-feira (24). O objetivo é garantir votação no plenário do Senado em novembro.

*G1