Domingo, 22 de setembro de 2024
Domingo, 22 de setembro de 2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que vai continuar trabalhando em parceria com o Banco Central para que o ciclo de corte da taxa básica de juros tenha continuidade.
Ele lembrou que o governo federal elevou os impostos sobre combustíveis neste ano e que, mesmo assim, a inflação está em queda.
Em meio ao debate sobre a possibilidade da mudança da meta fiscal para 2024 (para um déficit), o Comitê de Política Monetária, porém, chamou a atenção para o resultado das contas públicas.
"Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas [déficit zero em 2024] para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", avaliou o Banco Central na última semana.
Na visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda há "muita gordura monetária para queimar", ou seja, espaço para continuar reduzindo a taxa básica de juros da economia. O mercado financeiro estima que a taxa Selic terminará este ano em 11,25% e 2024 em 9,25% ao ano.
"Ainda estamos em 12,25% [ao ano]. Temos espaço para continuar trabalhando com juro civilizado desde que haja compromisso dos três poderes. O resultado fiscal é um trabalho de parceria, que o Judiciário tem de entender repercussão de suas decisões, que o Legislativo tem de entender repercussão de suas decisões e o Executivo tem de entender repercussão de suas decisões", afirmou ele.
O ministro Haddad voltou a citar duas decisões da justiça que, segundo ele, estão "erodindo" a arrecadação federal neste ano e impedindo um resultado melhor. Segundo ele, o impacto dessas decisões, em 2023, é de uma perda de cerca de R$ 65 bilhões em receita.
São elas:
"É uma situação de curto prazo [nas contas públicas] que inspira cuidados tópicos. Temos de endereçar essas duas questões com responsabilidade e transparência", concluiu o ministro.
*G1