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Terça-Feira, 21 de maio de 2024

Economia

IBGE revisa PIB do Brasil em 2020 de -3,9% para -3,3%; Saiba detalhes

IBGE revisa PIB do Brasil em 2020 de -3,9% para -3,3%; Saiba detalhes

(Imagem: Marcos Serra Lima/G1)

A queda Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 foi revisada, em definitivo, para -3,3%, conforme divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a pandemia deixou de representar tombo recorde da economia brasileira - a maior retração econômica do país voltou a ser a apurada em 2015, de -3,5%.

Trata-se da segunda revisão das contas nacionais do ano em que a crise sanitária global derrubou a economia do país. No primeiro anúncio dos resultados da economia em 2020, feito em março do ano passado, o cálculo do IBGE apontava para uma queda de 4,1% do PIB. Já em março deste ano, junto à divulgação das contas de 2021, a revisão inicial apontou que a queda havia sido de 3,9% no ano anterior.

Em valores correntes, o PIB de 2020 foi de R$ 7,6 trilhões e o PIB per capita, de R$ 35.935,74, montantes superiores aos que haviam sido apurados no primeiro anúncio, quando somaram, respectivamente, de R$ 7,4 trilhões e R$ 35.172.

“Sempre ocorrem revisões dos dados preliminares em relação aos definitivos, com mais fontes de informações. Entretanto, em épocas atípicas, como a pandemia de 2020, elas podem ser maiores, fato que ocorreu em todo o mundo”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Queda menor em Serviços e Indústria, alta maior na Agropecuária

De acordo com o IBGE, esta segunda revisão dos dados de 2020 decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre os Serviços, que atenuaram a queda do setor de -4,3% para -3,7%.

A queda da Indústria foi revisada de -3,4% para -3,0%, enquanto o crescimento da Agropecuária foi revisado de 3,8% para 4,2%.

O maior impacto dos dados revisados se deu em Outras atividades de serviços, cuja queda de -12,3% foi revisada para -9,3%.

“Foi uma queda muito localizada nos serviços, principalmente nos serviços presenciais, paralisados durante a pandemia, como hotéis, restaurantes, cinema e entretenimento, viagens e os serviços domésticos”, apontou Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.

O setor de serviços é o de maior peso no cálculo, uma vez que ele representa cerca de 70% da atividade econômica no Brasil. Foi justamente este o setor mais afetado pela pandemia, devido às medidas de restrição para conter o avanço da Covid-19, e partiu dele a principal revisão do cálculo.

O valor adicionado bruto caiu 3,2%. Em termos de impacto, -2,7 pontos percentuais do PIB de 2020 se devem à queda dos Serviços, segundo o IBGE. A Indústria contribuiu com -0,6 p.p e a Agropecuária com 0,2 p.p.

Recuo em 7 dos 12 grupos de atividade econômica

O IBGE destacou que, em 2020, sete dos 12 grupos de atividades econômicas recuaram na comparação com o ano anterior.

Além da queda no grupo de outras atividades de serviços, que representou o maior impacto no resultado geral, destacou-se a queda das atividades de transporte, armazenagem e correios, também muito impactadas pelas medidas de restrição.

*G1