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Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Economia

Ibovespa opera em alta após aprovação do novo arcabouço fiscal

Ibovespa opera em alta após aprovação do novo arcabouço fiscal

(Imagem: Pixabay)

Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (23), mais uma vez acompanhando o otimismo do exterior e com os investidores repercutindo a aprovação do novo arcabouço fiscal aqui no Brasil.

Às 12h05, o índice subia 1,13%, aos 117.470 pontos. Veja mais cotações.

As ações da Petrobras, uma das empresas mais importantes do Ibovespa, avançavam cerca de 5% no mesmo horário, impulsionando o índice. Além delas, os papéis da Vale também operavam em alta, de 1,50%.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em baixa de 1,51%, aos 116.156 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:

  • altas de 0,64% na semana e de 5,85% no ano;
  • queda de 4,75% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A aprovação do texto final do novo arcabouço fiscal é o principal destaque do pregão de hoje no Brasil. A proposta já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e seguiu para votação no Senado Federal, onde o texto também foi aprovado, mas com algumas mudanças.

Por conta dessas mudanças, o projeto teve de voltar para a Câmara, onde foi aprovado em uma votação dividida em duas partes, cada uma focada em um ponto diferentes.

Na primeira etapa, os deputados votaram e aprovaram, por 379 votos a favor e 64 contra, a isenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal de seguir o arcabouço. Ou seja, esses fundos não precisarão estar limitados às novas regras de gastos.

Já na segunda parte, os deputados derrubaram, por 423 votos a favor da rejeição e 19 contra, um artigo proposto pelo Senado que permitia ao governo enviar, na proposta de Orçamento de 2024, o valor das despesas considerando a projeção da inflação até o fim do ano.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, no entanto, defendeu a retirada do artigo para honrar um acordo com líderes partidários. Na prática, isso abriria um espaço fiscal de até R$ 40 bilhões para o Executivo gastar no próximo ano. Essas despesas, contudo, estariam condicionadas, ou seja, precisariam ser aprovadas pelo Congresso.

Agora, o texto segue para sanção presidencial.

O mercado recebe positivamente a aprovação do novo arcabouço porque a indefinição sobre os gastos públicos é um dos fatores que mais pesam contra os investimentos no Brasil. Agora, a expectativa é que tudo ocorra de forma mais previsível e guiada pelas novas regras fiscais.

Além disso, investidores também aguardam, em nível internacional, a divulgação do balanço corporativo do segundo trimestre da Nvidia, empresa de tecnologia bastante ligada à inteligência artificial.

As expectativas são de que a companhia tenha registrado ótimos números no último trimestre, ajudando a impulsionar todo o setor de tecnologia - o que acrescenta bom humor aos mercados e ameniza, pelo menos no curto prazo, parte da aversão aos riscos causadas pelas projeções de que os Estados Unidos possam passar por um período de recessão econômica.

De todo modo, a trajetória dos juros americanos também segue no radar, principalmente com a aproximação do Simpósio de Jackson Hole, evento onde as principais autoridades se reúnem para tratar sobre os rumos da maior economia do mundo.

*G1