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Terça-Feira, 21 de maio de 2024

Economia

Irã reverte desaceleração no enriquecimento de urânio para grau próximo de armamento, diz ONU

Irã reverte desaceleração no enriquecimento de urânio para grau próximo de armamento, diz ONU

(Imagem: REUTERS/LEONHARD FOEGER)

Irã reverteu uma desaceleração de meses na taxa de enriquecimento de urânio para até 60% de pureza, próximo ao grau usado em armas, disse o órgão de vigilância nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (26).

Muitos diplomatas acreditavam que a desaceleração, que havia começado em junho, era o resultado de negociações secretas entre os Estados Unidos e o Irã que levaram à libertação de cidadãos norte-americanos detidos em território iraniano neste ano.

O Irã já tem urânio suficiente enriquecido a até 60% para fabricar três bombas nucleares, de acordo com a definição teórica da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), e mais em níveis mais baixos de enriquecimento. O Irã nega a busca por armas nucleares.

O Irã "aumentou sua produção de urânio altamente enriquecido, revertendo uma redução de produção anterior a partir de meados de 2023", disse a AIEA em um comunicado que resume um relatório confidencial para os Estados membros visto pela Reuters.

O Irã está enriquecendo a até 60%, perto dos cerca de 90% que são considerados grau de armamento, em sua PFEP (Planta Piloto de Enriquecimento de Combustível) em seu amplo complexo de Natanz e em sua FFEP (Planta de Enriquecimento de Combustível de Fordow), que é escavada em uma montanha.

Desde a desaceleração, essas usinas estavam enriquecendo urânio a até 60% a uma taxa de cerca de 3 kg por mês, disse a AIEA.

"A Agência confirma que, desde o final de novembro de 2023, a taxa na qual o Irã tem produzido urânio enriquecido até 60% de U-235 nessas duas instalações combinadas aumentou para aproximadamente 9 kg por mês", disse o relatório aos Estados membros.

De acordo com a definição teórica da AIEA, cerca de 42 kg de urânio enriquecido a 60% é a quantidade com a qual não se pode excluir a possibilidade de fabricação de uma bomba nuclear.

*Reuters