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Economia

Israel reabre passagem de Kerem Shalom para entrada de ajuda humanitária em Gaza

Israel reabre passagem de Kerem Shalom para entrada de ajuda humanitária em Gaza

(Imagem: Mohammed Salem/Reuters)

Israel afirmou que reabriu a passagem de Kerem Shalom nesta quarta-feira (8) para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O Exército israelense fechou a passagem, que fica ao sul do território, no domingo (5) após um bombardeio do Hamas nas proximidades ter matado quatro soldados.

Após a liberação, caminhões de ajuda do Egito trazendo comida, água, medicamentos e outros insumos e equipamentos doados pela comunidade internacional estão chegado à região. O Ministério da Defesa de Israel afirma que todos os veículos estão passando por inspeções de segurança antes de cruzar a fronteira.

Não há informações sobre a travessia de Rafah, que foi bloqueada na terça-feira (7) por tanques israelenses. Com o bloqueio o fluxo de ajuda humanitária, que chegava ao território exclusivamente via Egito, está interrompido no local.

Na segunda-feira (6), as Forças de Defesa de Israel (FDI) haviam ordenado que pessoas da região leste da cidade de Rafah deixassem suas casas. A evacuação dos refugiados fazia parte da "preparação para uma operação terrestre na região", disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari.

Tanques israelenses tomam controle do lado palestino da travessia de Rafah — Foto: Reuters

Tanques israelenses tomam controle do lado palestino da travessia de Rafah — Foto: Reuters

O local é considerado o último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos de todas as regiões da Faixa de Gaza que tiveram que abandonar suas casas e migrar para o sul por conta da guerra -- a campanha militar israelense iniciou ataques ao norte do território e seguiu ao sul.

Israel afirma que Rafah, no extremo sul de Gaza, é o último bastião do Hamas e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.

Porta de entrada de ajuda

 

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, a cidade serviu como o principal ponto de comunicação de Gaza com o restante do mundo.

Rafah tem servido como a porta de entrada da maior parte da ajuda humanitária para os palestinos, e foi ponto saída dos estrangeiros que estavam em Gaza e recebiam autorização para deixar o território -- além de reféns libertados pelo Hamas durante o cessar-fogo de novembro de 2023.

Com o avanço da guerra, Rafah começou a receber muitos refugiados e viu sua população explodir de cerca de 280 mil pessoas para 1,5 milhão, que se alocaram provisoriamente em tendas.

Proposta de cessar-fogo

 

grupo terrorista Hamas afirmou na segunda-feira que aceitou uma proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e Catar --os dois países trabalham na mediação do conflito.

De acordo com a agência Reuters, uma autoridade de Israel afirmou que os termos da proposta foram suavizados pelo Egito e que Tel Aviv não pode aceitá-lo. Ele disse que, aparentemente, o Hamas teria aceitado o cessar-fogo para que os israelenses sejam vistos como a parte que se recusa a chegar a um acordo.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que o país está ainda estudando como vai responder à proposta, mas que por ora eles vão seguir operando na Faixa de Gaza.

Houve comemoração de palestinos em Rafah após a notícia sobre um possível cessar-fogo. Mas o gabinete de guerra de Israel não recuou em seus planos de bombardear a cidade, deslocar sua população e realizar uma incursão por terra.

O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta do Egito e do Catar está "longe das demandas essenciais de Israel", mas que mesmo assim enviará negociadores ao Cairo para continuar as conversas sobre um acordo de cessar-fogo.

*G1