Aguarde. Carregando informações.
MENU

Domingo, 22 de setembro de 2024

Economia

Juros bancários médios recuam pelo quarto mês seguido em setembro

Juros bancários médios recuam pelo quarto mês seguido em setembro

(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas recuou de 43,5% para 43,3% ao ano de agosto para setembro de 2023, informou o Banco Central nesta terça-feira (7). É o menor patamar desde dezembro de 2022 (41,8% ao ano).

Essa foi a quarta queda seguida do juro médio dos bancos.

A taxa foi calculada com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O recuo do juro bancário no mês passado é reflexo do custo menor dos bancos na captação de recursos, após o Banco Central ter começado a reduzir a taxa básica da economia, a Selic, em agosto deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano após três cortes seguidos.

  • A taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 22,5% ao ano em agosto para 22,9% ao ano em setembro. Este é o maior nível desde julho deste ano (23% ao ano).
  • Já nas operações com pessoas físicas, os juros caíram de 57,8% ao ano em agosto para 57,3% ao ano em setembro. É o menor patamar desde janeiro deste ano (56,9% ao ano).
  • No cheque especial das pessoas físicas, a taxa ficou subiu para 134,4% ao ano no mês de setembro, com alta frente ao mês anterior (131,6% ao ano). Trata-se do maior nível desde junho deste ano (134,6% ao ano).

Cartão de crédito rotativo

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 445,5% ao ano, em agosto, para 441,1% ao ano em setembro.

É o menor nível desde julho deste ano (441,3% ao ano).

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.

Mesmo com a queda em setembro, o patamar da taxa rotativa de juros segue proibitivo, segundo analistas. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada.

A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.

Crédito bancário

O volume total do crédito bancário no mercado, segundo o Banco Central, subiu 0,8% em setembro, para R$ 5,57 trilhões.

No mês passado, houve alta de 1,6% nos empréstimos para as empresas, para R$ 2,19 trilhões, e aumento de 0,3% nas operações de crédito para as pessoas físicas – para R$ 3,38 trilhões, acrescentou a instituição.

Para as pessoas físicas, o BC informou que o aumento em setembro decorreu da alta nos financiamentos para aquisição de veículos (+1,1%), do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,2%) e do crédito consignado para trabalhadores do setor público (+0,5%).

Endividamento das famílias e inadimplência

Segundo o BC, o endividamento das famílias somou de 48% da renda acumulada nos 12 meses até agosto desse ano, contra 47,8% que haviam sido registrados em julho.

Esse é o maior patamar desde junho deste ano (48,3%).

A série histórica do BC para este indicador teve início em janeiro de 2005. Em fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias somava 41,8%.

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito recuou de 3,6% em agosto para 3,5% em setembro deste ano. Este é o menor patamar desde abril deste ano, quando somou 3,4%. A série do BC para este indicador começa em março de 2011.

  • Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência caiu de 4,1% em agosto para 4% em setembro. É o menor nível desde dezembro do ano passado (3,9%).
  • Já a inadimplência das empresas permaneceu estável em 2,7% em setembro. Trata-se do maior patamar desde maio de 2018, quando estava em 3%.

*G1