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Sexta-Feira, 17 de janeiro de 2025

Economia

Mesmo sem reajuste da Petrobras, gasolina sobe nas bombas com impacto do dólar

Mesmo sem reajuste da Petrobras, gasolina sobe nas bombas com impacto do dólar

(Imagem: MARLON COSTA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Mesmo sem reajuste da Petrobras desde julho, a gasolina tem aumentando nas bombas com o impacto do avanço do dólar. Além disso, a partir de 1º de fevereiro, com a alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, os preços devem subir em até R$ 0,10 nos postos do país.

Segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina e o etanol anidro devem aumentar R$ 0,10 por litro, e o óleo diesel, R$ 0,06 por litro.

O preço médio do litro da gasolina terminou o ano de 2024 em R$ 6,14, um aumento de 9,6% em relação ao valor cobrado nos postos de combustível do país, em dezembro de 2023, que era de R$ 5,60. Já o etanol subiu 18% no mesmo período, passando de R$ 3,42 para R$ 4,11 o preço médio do litro.

No mesmo período, o diesel foi de R$ 6,02 para R$ 6,11 o litro, elevação de 1,5%. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Variação dos preços dos combustíveis em 2024Arte/R7

Já nos primeiros 15 dias de janeiro, o preço médio do combustível registrou alta de 0,16%, vendido a R$ 6,16, na comparação com a primeira quinzena de dezembro, de acordo com dados do IPTL (Índice de Preços Edenred Ticket Log), em levantamento feito na região Sudeste.

O etanol subiu 0,72%, a R$ 4,21. O preço médio do diesel S10 também teve elevação de 0,32%, passando para R$ 6,22, o litro.

“A gasolina, que já vinha sendo negociada por valores elevados no último trimestre de 2024, segue em alta no início de 2025. Esse movimento também é notado no etanol, com os preços médios de ambos os combustíveis sofrendo impactos de uma combinação de fatores de ordem econômica e estrutural”, afirma Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Ele explica que, entre as principais causas dessa trajetória, estão as recentes altas do dólar, que encarecem a importação de combustíveis e insumos, além de custos logísticos, que variam conforme as distâncias percorridas e as condições de infraestrutura de cada região.

Além da valorização da moeda americana, o preço global do barril de petróleo tem pressionado o mercado também. Dados da Abicom mostram que os preços da Petrobras atingiram o maior patamar de defasagem em um ano. A diferença da gasolina chegou, nesta quinta-feira (16), a 16%, e a do diesel, 27%.

A última vez em que a Petrobras reajustou o preço da gasolina nas refinarias foi em 9 de julho do ano passado. Enquanto o diesel teve a última alteração em 27 de dezembro de 2023, quando houve redução.

Inflação

O aumento dos combustíveis por conta da alta do ICMS, imposto estadual, terá efeito na inflação, que fechou 2024 em 4,83%, estourando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%. E foi justamente a gasolina o subitem que mais pesou na alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), a inflação oficial do país. Em 12 meses, o combustível subiu 9,71%, variação que contribuiu diretamente com 0,48 ponto percentual na taxa da inflação.

*Correio Braziliense