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Domingo, 22 de setembro de 2024

Economia

Ministro Haddad tenta atrasar para março decisão do presidente Lula sobre meta das contas públicas

Ministro Haddad tenta atrasar para março decisão do presidente Lula sobre meta das contas públicas

(Imagem: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

Em conversas com o presidente Lula nos últimos dias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta convencê-lo a tomar a decisão sobre mudança da meta fiscal apenas em março, quando a área econômica precisa apresentar o relatório de receitas e despesas.

Segundo duas fontes a par das conversas ouvidas pelo blog, o pedido feito é para que o governo possa acompanhar as receitas dos três primeiros meses do ano. É a partir do relatório que o governo precisa anunciar suspensão de gastos, cujo nome técnico é contingenciamento, caso as receitas sejam menores que as previstas.

A Casa Civil, que comanda o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) lidera o pedido da área política para que o governo já mude a meta para o próximo ano ainda neste mês de novembro, antes da votação da proposta orçamentária de 2024.

Lula, segundo interlocutores, quer que o orçamento do próximo ano não tenha cortes, mesmo que isso signifique um novo déficit. A preocupação política é também com as eleições municipais do próximo ano e a eleição de aliados do governo.

Lula quer investimentos

 

Nesta sexta-feira (3), Lula voltou a defender que o governo faça investimentos e disse que "dinheiro bom é dinheiro transformado em obra". A declaração ocorreu em reunião com ministros da área de infraestrutura, no Palácio do Planalto.

A fala do presidente ocorre em meio a uma discussão envolvendo a meta fiscal do governo para o ano que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava na reunião desta sexta, defende a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024.

Já a ala política do governo defende uma meta com déficit de até 0,5%, para evitar corte de gastos em ano de eleições municipais. O próprio presidente já afirmou que a meta de déficit zero "dificilmente" será alcançada no ano que vem.

"Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro que está no Tesouro, mas para quem está na Presidência dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É dinheiro transformada em estrada, em escola, em escola de primeiro, segundo, terceiro grau, saúde", disse o presidente nesta sexta.

*G1/Blog da  Ana Flor