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Sábado, 21 de setembro de 2024

Economia

Pix bate recorde de 168 milhões de operações em um só dia, destaca presidente Banco Central

Pix bate recorde de 168 milhões de operações em um só dia, destaca presidente Banco Central

(Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, contou nesta segunda-feira (9) que o Pix acaba de bater mais um recorde, desta vez o de 168 milhões de transações em um único dia. "O Pix teve uma adesão muito mais rápida do que a gente imaginava", falou, durante o 33º Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

Campos Neto diz que a ferramenta de pagamentos instantâneos tem uma barreira de entrada baixa, porque qualquer instituição financeira pode oferecê-lo, e é igual para todos, o que "gera competição", observou.

Além disso, por ser uma opção com menores custos, o Pix propiciou a criação de um novo modelo de negócios. O presidente do BC afirma que o sistema é 'muito barato', já que as pessoas físicas não pagam e, no caso das empresas, o valor é menor quando comparado a outras ferramentas existentes.

Campos Neto falou que, na época em que o meio de pagamento foi lançado, pensava-se que os bancos poderiam perder dinheiro, em um primeiro momento, devido a uma possível redução de receita, à medida que deixassem de cobrar pelas transferências de valores. Mas o que aconteceu foi o contrário: a ferramenta aumentou a bancarização, gerou novos negócios e também resultou em mais ganhos. "Tivemos nove milhões de novas contas", disse.

No fim de agosto, o país chegou à marca recorde de mais de 650 milhões de chaves Pix. Em termos de usuários, já eram mais de 153 milhões, enquanto a quantidade de transações atingiu R$ 3,7 bilhões naquele mês, também recorde, considerando o histórico mensal da ferramenta.

Fim dos cartão de crédito?

Campos Neto afirma que, agora, o Pix entra em uma nova fase, na qual será possível programar pagamentos recorrentes. Sua expectativa é de que esse meio de pagamentos quebre ainda mais fronteiras, substituindo outras modalidades como o cartão de crédito, por exemplo, e cita o fato de as bandeiras estarem já se preparando para o futuro.

"Eu acho que o Pix, em algum momento, substitui o cartão de crédito, porque você vai conseguir fazer isso de uma forma muito mais barata. Os bancos vão ter mais visibilidade no Pix e não vão precisar tanto do sistema que existe hoje, mas as bandeiras também estão inovando, inclusive estão ajudando no processo", concluiu o presidente do BC.

*Agência Estado