Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,19% nos preços em agosto, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O destaque do mês vem novamente do grupo Transportes, que teve alta de 0,83% no mês, e contribuiu com 0,17 ponto percentual (p.p.) do índice geral. A gasolina foi o principal destaque, ao ter valorização de 3,33% e 0,17 p.p. no indicador.
O índice geral teve uma desaceleração de 0,11 p.p. na comparação com o mês anterior, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,30%. Em agosto de 2023, houve alta de 0,28%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,35% na janela de 12 meses. No ano, a alta é de 3,02%.
O resultado veio levemente abaixo das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,20% em agosto.
Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em agosto. Além da gasolina, os demais combustíveis também tiveram altas expressivas no mês, e ajudaram o grupo Transportes a subir.
O etanol (5,81%), o gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) subiram, trazendo ganhos ao subgrupo combustíveis (3,47%). As passagens aéreas, que haviam subido quase 20% no último mês, registraram queda nos preços (-4,63%).
O grupo Alimentação e bebidas voltou a ter deflação no mês de agosto com queda de 0,80%, contra recuo de 0,44% em julho. O resultado ajudou a retirar 0,17 p.p. do índice geral neste mês.
A Alimentação no domicílio, que reúne alimentos in natura, teve queda de 1,30%, também mais intensa do que a de julho (-0,70%). O tomate (-26,59%), a cenoura (-25,06%), a batata-inglesa (-13,13%) e a cebola (-11,22%) foram os recuos mais importantes do mês.
Já a Alimentação fora do domicílio acelerou em relação a julho, passando de 0,25% para 0,49%. Houve alta do lanche (de 0,24% para 0,76%) e da refeição (0,23% para 0,37%).
Outros dois grupos são dignos de nota. Em Educação, a alta foi de 0,75%, com reajustes de cursos regulares (0,77%), por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). O subgrupo cursos diversos (0,47%) teve influência de novos preços de cursos de idiomas (0,96%).
Já o grupo Habitação teve alta puxada pelo gás de botijão (1,93%). Mas houve compensação por meio da energia elétrica residencial, que retornou à bandeira tarifária verde. A alta que havia sido de 1,20% em julho passou para um recuo de 0,42% em agosto.
*G1