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Segunda-Feira, 31 de março de 2025

Economia

Remédios devem ter reajuste médio abaixo de 4% a partir de 31 de março, estima Sindusfarma

Remédios devem ter reajuste médio abaixo de 4% a partir de 31 de março, estima Sindusfarma

(Imagem: ROMILDO DE JESUS/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

reajuste médio dos preços dos medicamentos deste ano deve ficar abaixo da inflação. A estimativa é do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), que prevê variação de 2,60% a 5,06%, com um reajuste médio ponderado de 3,48%.

Com isso, o reajuste médio ficará abaixo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a inflação oficial do país, de 5,06%, no acumulado dos últimos 12 meses.

A estimativa se baseia na fórmula de cálculo elaborada pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), ligada à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O governo federal ainda dará o aval até do mês ao índice de reajuste, que atinge 10 mil produtos, para entrada em vigor a partir do dia 31 março.

Em nota, a Anvisa informa que índice ainda será anunciado pela CMED. “De acordo com a legislação, os valores autorizados para o reajuste do teto de medicamentos devem ser divulgados até o dia 31 de março de cada ano. Os números de 2025 ainda serão divulgados pela CMED, que é o órgão responsável pela regulamentação de preços”, afirma a agência.

O setor farmacêutico é submetido ao controle de preços. Somente uma vez por ano as indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos, para compensar os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.

“Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Segundo a entidade, na série histórica, o reajuste acumulado de preços de medicamentos está abaixo da inflação geral. De 2014 a 2024, a inflação somou 77,5% ante uma variação de preços dos medicamentos de 72,7%.

Consumidor

O reajuste não é imediato, devido à grande concorrência entre as empresas do setor. “É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda Mussolini.

“Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, acrescenta.

Cálculo

A recomposição anual da tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) de medicamentos é calculada pela seguinte fórmula, definida pela CMED:

  • Índice de reajuste = IPCA - X + Y + Z.

Em 2025, os índices de reajuste estimados com base na fórmula de cálculo da CMED devem ser os seguintes:

  • IPCA: 5,06 (acumulado março de 2024 a fevereiro de 2025)
  • Fator X: 2,46%
  • Fator Y: 0% (zero)
  • Fator Z - Nível 1: 2,46%; Nível 2: 1,23%; Nível 3: 0% (zero)

*R7