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Domingo, 24 de novembro de 2024

Economia

Revisão de gastos tem medidas consistentes para garantir vida longa ao arcabouço, diz Haddad

Revisão de gastos tem medidas consistentes para garantir vida longa ao arcabouço, diz Haddad

(Imagem: Washington Costa/MF)

ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (16) que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um ‘desenho de propostas’, que serão levadas ao Congresso Nacional no contexto de revisão de gastos, com o objetivo de que o arcabouço fiscal tenha ‘vida longa’ no Brasil. Haddad relatou ainda que as medidas ainda não foram definidas, mas devem ser divulgadas até o final deste ano.

 

“O arcabouço fiscal era aquele drama, de janeiro a março, uma especulação, o dólar caindo e subindo. Toda hora davam notícias que não tinham amparo na realidade, porque o trabalho de vocês é buscar a informação. Agora, uma informação truncada prejudica o cidadão. Então o modelo está avançado. É um desenho de propostas consistentes para que o arcabouço fiscal tenha vida longa. É isso que precisamos garantir neste momento”, disse Haddad.

“Vida longa ao arcabouço fiscal para que não paire mais incertezas sobre a trajetórias das finanças públicas no Brasil. Ano passado, aconteceu a mesma coisa com o arcabouço fiscal até a gente lançar. Quando a gente lançou, dólar caiu, juro caiu, até o Banco Central começou a baixar juro. A contragosto, mas baixou. E é assim que vai acontecer. Estamos terminando o trabalho”, completou.

Haddad relatou que as propostas devem vir na forma de projeto de lei, mas também via PEC (Proposta de Emenda à Constituição), uma vez que há mudança constitucional. O ministro da Fazenda também foi questionado sobre o espaço fiscal que será aberto com as propostas, mas evitou definir um número.

“É uma dinâmica suficiente para garantir vida longa ao arcabouço e é isso que estamos mirando. Mas como vamos calibrar as variáveis dinâmicas do gasto, e nem estou falando em corte, porque é muito mais uma calibragem da dinâmica da evolução dos gastos para caber dentro do arcabouço fiscal”, acrescentou.

Na terça-feira (15), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo deve enviar as medidas de revisão de gastos depois do segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro. O pente-fino em benefícios sociais indevidos foi concluído, e etapa seguinte requer a aprovação das mudanças.

A revisão dos benefícios sociais é a principal aposta do Executivo para cortar gastos públicos. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressalta, porém, que os programas não serão reduzidos – trata-se da exclusão de beneficiários que não se encaixam nos parâmetros e da alteração de benefícios duplicados, por exemplo.

Reunião com bancos

Haddad comentou a reunião com Lula e com os presidentes do Conselho Diretor e Executivo da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, em Brasília. Notícias relataram que o encontro discutiria a questão das apostas esportivas e tributação, mas o ministro negou e criticou as informações, segundo ele, “equivocadas”.

“Notícias que saíram, pela minha opinião, estão equivocadas. A primeira delas é que o encontro com a Febraban pretende discutir tributação. Essa audiência vem sendo pedida há um tempo. O presidente tem se reunido com setores importantes, principalmente ligados a produção. Havia pedido da Febrabran, então é uma solicitação deles, não é do presidente. O tema é o mesmo tema que orientou tudo até agora: balanço das coisas feitas até aqui, quais são as perspectivas, pontos de alerta”, destacou.