Quarta-Feira, 07 de maio de 2025
Quarta-Feira, 07 de maio de 2025
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse "receber com satisfação" a decisão de Donald Trump de pausar as tarifas recíprocas por 90 dias e reduzir para 10% as taxas de importação contra países, exceto a China.
A declaração de Von der Leyen foi feita na rede social X, na manhã desta quinta-feira (10), pelo horário local - madrugada, pelo horário de Brasília.
"É um passo importante para estabilizar a economia global", disse na publicação.
"As tarifas são impostos que apenas prejudicam empresas e consumidores. É por isso que tenho defendido consistentemente um acordo de tarifa zero para ambos os lados entre a União Europeia e os Estados Unidos", continuou.
A líder também voltou a afirmar a importância da união dos países que compõe a União Europeia. E disse que o bloco está "intensificando esforços" para eliminar barreiras do mercado único.
"Esta crise deixou uma coisa clara: em tempos de incerteza, o mercado único é nosso pilar de estabilidade e resiliência", disse.
Nesta quarta (9), o presidente dos Estados Unidos anunciou seu recuo na imposição de tarifas para todos os países, exceto a China.
Segundo Trump, as taxas contra os chineses aumentarão para 125%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump na Truth Social. (veja a íntegra no fim da reportagem)
Trump em evento do Comitê Nacional Republicano para o Congresso — Foto: Reuters
A medida é mais um episódio da nova disputa comercial entre EUA e China, iniciada pelo tarifaço de Trump. No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, ouve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação.
Os EUA haviam imposto uma taxa de 104% aos produtos chineses, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos. (saiba mais abaixo)
"Em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que irá reduzir para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.
"Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!"
"Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada à China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de explorar os EUA e outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o USTR, para negociar uma solução para os assuntos discutidos relativos ao Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação de Moeda e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de nenhuma forma contra os Estados Unidos, conforme minha forte sugestão, eu autorizei uma PAUSA de 90 dias, e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela atenção a este assunto!"
A nova decisão de Trump vem na esteira das reações chinesas às tarifas impostas pelos EUA. Nesta quarta, os asiáticos anunciaram taxas de 84% sobre os produtos importados dos norte-americanos, com previsão de que a medida passe a valer nesta quinta (10).
O contra-ataque chinês veio em resposta à taxa de 104% aplicada pelos EUA — medida que entrou em vigor já nesta quarta. Esse é mais um capítulo da escalada da guerra comercial entre as duas potências mundiais, que se intensificou na última semana.
Entenda, ponto a ponto, o embate:
*G1