Domingo, 24 de novembro de 2024
Domingo, 24 de novembro de 2024
Alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) da rede pública de Maceió de dez escolas tiveram uma programação cultural, na noite de quinta-feira (17), na 10ª Bienal Internacional do Livros de Alagoas, no Centro de Exposições Ruth Cardoso, no Jaraguá.
Além de visitarem os estandes e de participarem das atividades planejadas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) da capital, eles assistiram ao documentário "Marisqueiras da Lagoa Mundaú", desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e o Grupo Portobello.
Marcaram presença as escolas Neide França, Nosso Lar, Maria José Carrascosa, Silvestre Péricles, Almeida Leite, José Carneiro, Lindolfo Collor, Pio X, Dom Antônio Brandão e César Augusto. A noite começou com uma abertura musical dos alunos da Escola Municipal Dom Antônio Brandão, do Tabuleiro do Martins, que apresentaram para o público a paródia “Bom é ler e escrever”, que foi produzida durante o projeto Encantos de Ler.
A aluna Aparecida dos Santos, de 56 anos, participou da apresentação. Ela contou o que está achando de participar da Bienal pela primeira vez. “Estou achando maravilhoso, lindo demais, nunca tinha vindo. E a gente foi convidado para vir cantar aqui, não sei nem o que dizer, uma sensação muito forte”, revelou.
Em seguida, foi a vez das baianas da Escola Municipal Neide França, do Povoado Saúde, que apresentaram uma música feita, em homenagem à escola, pela aluna Dona Sebastiana do Nascimento. "Eu vivo na cultura, puxei a minha mãe. Deus me deu esse dom, então fiz essa música por estudar no colégio”, disse a aluna.
Para finalizar a noite, os estudantes assistiram ao documentário que retrata o trabalho de recolhimento das conchas pelas marisqueiras, que antes eram despejadas no meio ambiente e hoje são reaproveitadas para a produção do cobogó. No audiovisual há uma estudante da rede pública de Maceió, Josiane dos Santos, mais conhecida como Geleia. A aluna da Escola Municipal Lindolfo Collor, do Vergel do Lago, fala da alegria em estar na Bienal apresentando a produção que ela fez parte.
“Quando disseram que a gente ia para a Bienal eu fiquei muito feliz, fiz um comercial para todo mundo. Estou amando estar aqui com o documentário da gente, como marisqueira mostrando o trabalho da gente. Porque muita gente vai no mercado e não sabe o trabalho todo artesanal, o sufoco que a gente tem e reclamam do preço do quilo do sururu. Mas vai olhar o trabalho que a gente tem, como a gente trabalha. Então, esse projeto veio para dar mais valor a nós marisqueiras”, revelou.
O Projeto de Ecossistema de Inovação Socioambiental da Lagoa Mundaú, do IABS, atende as marisqueiras do bairro Vergel do Lago com objetivo de desenvolver a economia circular, trabalhando desde a pesca até o reaproveitamento da casca do sururu. É o que explica a diretora da regional nordeste do IABS, Roberta Roxilene.
“O trabalho que a gente realiza é de socioeconomia circular lá na comunidade do Vergel do Lago com o reaproveitamento das cascas do sururu e geração de benefícios, impactos sociais, ambientais e econômicos para a comunidade”, afirmou.
Fotos: Mariel Matias/Ascom Semed
*Secom Maceió