Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
O debate entre os candidatos à reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizado na noite desta quinta-feira (21) em Delmiro Gouveia revelou um fato importante na disputa pelo comando da maior universidade pública de Alagoas. E este fato remete à história de dois grupos: um que foi totalmente contra, e um que foi 100% favorável ao processo de interiorização da instituição, com as criações de campi em Arapiraca, Delmiro e em 8 cidades do interior ao todo.
Em 2007, quando o Conselho da instituição discutia se aderia, ou não, ao então programa do governo Lula para expandir as universidades pelas cidades do interior do país, um grupo de professores supostamente vinculados a partidos de esquerda e de extrema esquerda tentou a todo custo sabotar as reuniões do Conselho e derrubar a adesão da Ufal à proposta, chamada de REUNI. Já outro grupo era favorável à chegada da Ufal ao interior. Neste grupo do sim pela Ufal no interior estava o hoje reitor e candidato à reeleição Josealdo Tonholo.
O grupo do contra fez de tudo para a Ufal não aderir ao programa Reuni em 2007. Agora com novos representantes na disputa pela reitoria, este grupo é o mesmo que há 16 anos tumultuou as reuniões do Conselho, que chegaram a ser adiadas várias vezes e só aconteceram após a gestão da Ufal, liderada pela ex-reitora Ana Dayse, entrar na Justiça e pedir segurança e proteção até da Polícia Federal. O atual reitor Tonholo, defensor da interiorização, chegou a ser agredido verbal e fisicamente na reunião em que os conselheiros, de forma cidadã, democrática e justa, optaram pela interiorização sim da Ufal.
E mais: como prova de defesa da Ufal no interior, somente uma das chapas hoje na disputa tem membros que representam a comunidade acadêmica da Ufal em seus campi fora de sede. Vice-reitora e candidata à reeleição junto com Josealdo Tonholo, a professora Eliane Cavalcante é oriunda do Campus de Arapiraca da Ufal e conhece, desde o começo, a história e importância da Ufal presente no Agreste e no Sertão, beneficiando estudantes não moram e Maceió, mas que querem, merecem e precisam estudar.
O debate em Delmiro trouxe à tona esta triste página da história da Ufal, que felizmente foi ultrapassada pela decisão corajosa que a maioria tomou 16 anos atrás.
*Redação Alagoas Alerta