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Sábado, 23 de novembro de 2024

Educação

Estudantes da Escola Municipal Padre Pinho participam de ação antirrascista

Estudantes da Escola Municipal Padre Pinho participam de ação antirrascista

(Imagem: Assessoria )

Para marcar a resistência e o combate ao racismo nas unidades públicas de ensino municipais, a aluna Israelle Santiago fez o plantio da primeira muda de Baobá na Escola Municipal Padre Pinho, localizada em Cruz das Almas. O objetivo da atividade é propiciar aos estudantes vivências, diálogos e elaboração de protocolos de prevenção ao crime, bem como o acolhimento das vítimas, caso haja a efetivação desse tipo de prática.

A plantação faz parte de um ritual sagrado da resistência negra. A aluna, que foi vítima de racismo, ficou emocionada e destacou a importância da experiência. “Muito legal e importante. Eu senti uma felicidade imensa, porque eu nunca plantei uma árvore”, revelou.

A iniciativa foi realizada, na última quarta-feira (4), durante o evento “A escuta ativa como instrumento de construção de diálogos antirracistas na escola”, que integra a série de encontros “Pode Falar. A Gente Escuta!”. A ação reuniu 700 estudantes, conta com o apoio da Secretaria de Educação de Maceió (Semed) e é organizada pelo Instituto Raízes de Áfricas.

Thamara Santiago, mãe da pequena Israelle, também expressou o orgulho da filha, que se tornou um símbolo no combate ao racismo nas escolas públicas da capital alagoana. “Meu coração está explodindo de alegria e orgulho. As pessoas precisam entender que o bullying existe e precisa ser cortado e também para mostrar aos alunos que somos todos iguais. Não importa a cor, é preciso ter respeito”, reforçou.

“Para quebrar o racismo, nós desenvolvemos atividades culturais, artísticas e religiosas na escola. Há uma questão de ações a serem trabalhadas para que a gente avance nos espaços da sociedade, porque não dá pra aceitar que dentro do ambiente escolar a gente reproduza o racismo”, frisou a assistente social da Padre Pinho, Silmara Mendes.

Arísia Barros, do Instituto Raízes de Áfricas, detalhou o funcionamento da ação. “A nossa proposta é criar espaços para ouvi-los e saber o que eles conhecem sobre racismo e, a partir disso, que eles criem regras para a escola, cuja tendência é que você siga essas regras, que vão virar uma cartilha para serem distribuídas nas escolas. Isso será a primeira vez que acontece no Brasil”, explicou.

*Redação com Assessoria