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Domingo, 24 de novembro de 2024

Educação

Mais de oito mil alunos do Ensino Fundamental participam da Semana de Escuta das Adolescências

Mais de oito mil alunos do Ensino Fundamental participam da Semana de Escuta das Adolescências

(Imagem: Cortesia)

Mais de oito mil alunos dos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino participaram, nesta quinta-feira (16), do dia D da escuta das adolescências. A ação faz parte do programa Semana da Escuta, promovida pelo Ministério da Educação (MEC), que visa melhor compreender os alunos nessa faixa etária.

A atividade acontece em todo Brasil deste o dia 13 e vai até 27 de maio. A proposta é conhecer de forma mais aprofundada os alunos dos 6º aos 9º anos de 21 escolas da rede municipal de educação em quatro aspectos: aprendizagem,  clima, convivência e inovação.

A Semana da Escuta conta com a parceria da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

De acordo com o coordenador dos anos finais do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação de Maceió, Ricardo Almeida, a atividade busca construir uma escola mais acolhedora, que impulsione o desenvolvimento integral dos estudantes e estimule aprendizagens significativas para as adolescências.

Ainda de acordo com Ricardo, a escuta possibilitará construir uma política pública que contemple melhor todas as necessidades dos adolescentes. “Os adolescentes estão em uma fase de profundas transformações físicas e emocionais e escutá-los nos permitirá descobrir como podemos lidar com eles, em que ponto estamos errando, quais os pontos positivos e negativos e diante disso pensar práticas pedagógicas voltadas para o interesse deles”, afirma.

Para o professor de língua portuguesa, Sérgio Rogério, da Escola Municipal Luiz Pedro I, a escuta é importante porque os alunos podem perceber, a partir da visão deles mesmo, o que eles acham de interessante para o ensino. “Os estudantes podem pontuar o que é interessante para o ensino, assim como para a melhoria dos horários de intervalo, para uma aula dinâmica. Saber um pouco mais sobre as vivências que eles têm extra-escola, o que contribuirá muito para o aprendizado, como também pode influenciar na construção de uma educação de qualidade”, pontua.

O docente explica que, muitas vezes, o aluno chega com fome e muitos deles enfrentam diariamente desafios durante o trajeto até chegar à escola, o que segundo ele, pode influenciar na qualidade da educação, porque não consegue receber a informação da mesma forma que o estudante que tem tudo isso de forma mais tranquila. “É importante saber também sobre as famílias, para que possa dinamizar e adequar as aulas à realidade dos alunos, a partir daquilo que eles responderam. A escuta veio em um momento muito importante e vai servir para que possa adaptar as nossas políticas públicas municipais de educação”, destaca.

A estudante Júlia Lorena da Escola Municipal Luiz Pedro I, falou que está muito feliz, pois a instituição parou para escutar os adolescentes. “A gente tá muito feliz, porque fomos ouvidos e temos o apoio dos nossos professores. A gente só quer melhorar, ter um futuro bom e digno com o aprendizado melhor ainda”, revela.

Júlia relata que há alguns anos acreditava que quando terminasse o Ensino Fundamental ou até mesmo o Médio, já sairia com um emprego. Ela fala que só atualmente no 9º ano descobriu que é preciso ter um currículo.

“Só agora entendi que é importante ter um currículo recheado, que eu preciso ter cursos de qualificação, entrar na faculdade pra eu conseguir um emprego. Seria muito bom, se na escola mesmo a gente tivesse disponibilidade de poder fazer cursos de informática, cursos de recursos humanos e outros. Com isso, a gente já sai da escola com alguma coisa em mente”, diz a estudante.

A aluna da Escola Municipal Luiz Pedro I, Estefani Shayane, revela o que gostaria que mudasse na escola. “Gostaria muito que melhorasse a saúde mental dos alunos, pois ela é bastante importante, principalmente para nós alunos que estamos a um passo de entrar no Ensino Médio e vamos precisar lidar muito com a pressão psicológica”, ressalta.

*Secom Maceió