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Segunda-Feira, 13 de maio de 2024

Eleições

Justiça determina que prefeito de Rio Largo se abstenha de cometer assédio eleitoral

Justiça determina que prefeito de Rio Largo se abstenha de cometer assédio eleitoral

(Imagem: Arquivo )

A Justiça determinou, em caráter liminar, que o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), se abstenha de cometer assédio eleitoral junto aos servidores públicos municipais. Na determinação, proferida no sábado (29), a 5ª Vara do Trabalho de Maceió ainda estipulou multa de R$ 50 mil por infração cometida, em caso de descumprimento.

A decisão é referente a um processo movido perlo Ministério Público do Trabalho (MPT), que denunciou o Município de Rio Largo e o prefeito Gilberto Gonçalves (PP) por intimar servidores contratados, comissionados e efetivos a participarem de eventos nos dias 29 e 30 de outubro para pedir votos e apoiar Jair Bolsonaro (PL) e Rodrigo Cunha (União Brasil).

g1 entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Rio Largo, mas não tinha recebido resposta até a última atualização desta reportagem.

Além do pagamento de multa, a Justiça trabalhista determinou que o prefeito emita um comunicado à sociedade e aos servidores públicos municipais com texto para explicar sobre a liberdade de voto e garantindo que não serão adotadas medidas de retaliação caso algum servidor vote contrário à inclinação política do prefeito.

Para a juíza do Trabalho Vanessa Maria Sampaio Villanova Santor, responsável pelo deferimento da tutela provisória de urgência, a decisão tem caráter "inibitório e claro propósito apenas de cumprimento da legislação pátria vigente”.

“Ora, se, após a instrução, o réu lograr demonstrar que a presente ação não procede e provar que nunca praticou assédio, ele estará em sintonia com a presente determinação judicial, não podendo dizer que foi prejudicado pelo seu nítido cunho inibitório. Destaque-se que os comandos aqui elencados são, em sua maioria, deveres de abstenção, os quais já os cumprem que obedece a legislação pátria”, afirma a magistrada em trecho de sua decisão.

A denúncia do MPT é baseada em depoimentos do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Regional de Rio Largo. A entidade sindical disse ter conhecimento de reuniões realizadas entre o prefeito e os servidores nas escolas municipais para fins eleitorais, da perseguição aos trabalhadores e da convocação deles para participarem de passeatas, coagindo-as votar em seus candidatos.

Segundo o sindicato, o prefeito ameaçou de demissão quem não participasse da manifestação que será realizada neste sábado, a partir das 18h, em apoio às candidaturas defendidas pelo gestor. A ameaça também ocorreu contra quem se fizesse presente em atos a favor do candidato à Presidência da República Lula (PT).

O Sindicato Geral dos Servidores Públicos Municipais de Rio Largo confirmou o assédio aos trabalhadores para que eles participassem da carreata política deste sábado.

Segundo o MPT, em um vídeo compartilhado por Gilberto Gonçalves em uma rede social, aparecem uma bandeira com a imagem e o número da candidatura de Bolsonaro, além número de Rodrigo Cunha. O gestor aparece no vídeo convocando seus seguidores a participarem de uma mobilização na cidade no final da tarde.

*G1