À espera do segundo filho, Projota reflete sobre papel de educar menino: 'Responsabilidade'

“Eu estava aceitando o que Deus estivesse preparando. Como Marieva veio na primeira tentativa, a gente achou que seria fácil de novo. Quando passamos a encarar de forma natural, aconteceu. A gente queria ter um segundo filho, mas estaria tudo bem se tivéssemos uma só. Se tivesse chegado agora e não tivesse rolado, talvez a gente só tivesse desencanado. Então, não pensamos em fertilização ou outras opções”, conta.

Diferentemente da maioria dos famosos, Tamy e Projota anunciaram de vez que são pais, o sexo e o nome do bebê.

“É muito bom fazer de forma planejada porque não tem surto nem desespero. É só alegria. A gente só ficou ansioso para saber se seria menino ou menina, até porque os dois queriam menina. A intenção era fazer uma duplinha e que elas fossem parceiras, até porque eu tenho um irmão e a Tâmara é muito apegada à irmã. A gente estava esperando o período de exames para garantir que estaria tudo certo. Como Marieva foi a primeira, tivemos mais pressa de anunciar. Com ele, estamos mais tranquilos. A gente não fez suspense nenhum, foi questão de privacidade. A partir do momento em que decidimos contar, dividimos tudo o que tínhamos sem fazer aquele rodeio de ‘estamos grávidos’, depois falar que é menino e só depois contar o nome”, explica.

Para o artista, o papel de educar um menino é mais trabalhoso em meio a uma sociedade em que homens têm privilégios.

“Até tempos atrás, eu não tinha noção de que meu medo de ser pai de menino é maior do que ser de menina. A gente cresceu numa geração em que se dizia aos pais de menina ‘se ferrou, vai pagar seus pecados’, esse tipo de coisa machista. Acredito que seja muito mais difícil, num processo de desconstrução da sociedade, ser pai de menino do que de menina. Hoje a gente tem a responsabilidade de fazer um moleque ‘da hora’. Vou ter que segurar o moleque para não ser contaminado por essa sociedade, que ainda é machista. Temos que mostrar que as mulheres têm mais direito, e aos meninos, que eles têm mais deveres”, reflete.

Projota pretende aproveitar qualquer brecha para conversar com os filhos, principalmente com Marieva, que está prestes a completar 3 anos.

“Hoje em dia, as crianças estão muito aceleradas. A gente pensa que vai demorar, mas acaba sendo super rápido. A partir do momento em que ela começar a demonstrar interesse por entender o mundo, vamos conversar sobre isso. Por isso fico feliz de não estar sozinho nessa. Minha esposa está antenada em todos os assuntos e me ensina pra caramba”, conta.

O rapper pretende ensinar aos filhos questões de consumo consciente e mostrar desde cedo que todos os brinquedos são para meninos e meninas.

"Já comprei a saída de maternidade, como fiz para Marieva. Virou uma coisa minha, um presente para nós. Mas temos tantos brinquedos em casa que não me vejo gastando com isso. Marieva brinca de carrinho, avião, dinossauro… a gente quer ver os dois brincando de boneca, casinha ou tanque de guerra”, conclui.