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Antonio Calloni: 'Minha carreira sempre teve desfaçatez e cara de pau'

Antonio Calloni: 'Minha carreira sempre teve desfaçatez e cara de pau'

(Imagem: Fábio Rocha/TV Globo)

Antonio Calloni, 62 anos de idade, é um dos destaques da primeira fase da novela Renascer, em que interpreta o coronel Berlarmino. Vilão da história, o personagem morreu vítima de uma emboscada ao término do capítulo de segunda-feira (29).

Apesar do número de capítulos não ter sido grande, os elogios nas redes sociais e da crítica especializada evidenciam que Calloni, mais uma vez, deixa sua marca. "Estou muito feliz e grato em poder exercer meu ofício. É emocionante participar de um projeto como esse. A novela Renascer é um ícone na história da teledramaturgia", afirma.

RENASCER

O bordão "é justo, muito justo, justíssimo" -- que surgiu a partir de um improviso de José Wilker (1944-2014), intérprete do personagem na versão de 1993, ao esquecer a fala -- foi incluído na trama atual. O ator, no entanto, não quis assistir à original. "Parti praticamente do zero porque não vi a primeira versão. Não tinha a referência. Decidi que veria só depois de gravar toda a minha participação. Claro que vou querer ver o trabalho do Wilker. Mesmo sem ter visto, eu já gosto do ele fez", diz, admitindo a admiração pelo colega.

De acordo com Calloni, o título da novela já é de forte identificação com o brasileiro, que costumeiramente precisa se reinventar. "É um prazer imenso fazer essa novela. Afinal, Renascer é a especialidade do brasileiro. A identificação já começa pelo título. A novela traz um Brasil místico e mítico. Além disso, temos uma história de amor muitíssimo bem contada. O elenco é maravilhoso, a direção do Gustavo Fernandez é um primor e tenho certeza que as pessoas vão se emocionar."

"CARA DE PAU"

Com carreira iniciada no teatro em 1979, Calloni soma 45 anos de profissão, com personagens também na TV e no cinema, e enaltece a importância do estudo para sua trajetória, mas admite que teve o descaramento como aliado.

"Minha carreira sempre teve desfaçatez e cara de pau (risos). Tive uma formação com grandes mestres Célia Helena e Antunes Filho. Na época em que estudei com eles, tive contato com uma literatura gigantesca, além de contato com música e pintura. Minha formação teatral foi muito bem embasada com esses dois grandes mestres, mas realmente caminho pela desfaçatez e cara de pau. Crio a partir do universo onírico infantil, ou seja, adoro brincar de faz de conta. É isso que sempre fiz e quero continuar fazendo."

REI DOS REMAKES

Além de papéis inesquecíveis, como Mohamed Rachid em O Clone (Globo, 2001), e representações históricas, como Assis Chateaubriand em Um Só Coração (Globo, 2004), Calloni não se incomoda com comparações ao ser escalado para um remake.

"É o terceiro remake que faço. Fiz Hipertensão [Globo, 1986] -- que era uma versão de Nossa filha Gabriela, da Tupi. Depois, fiz Éramos Seis [Globo, 2019], interpretando um personagem que tinha sido dos grandes Gianfrancesco Guarnieri e Othon Bastos e agora Renascer e um personagem que foi do José Wilker. Sou muito a favor da comparação porque são leituras diferentes. É uma maravilha que temos nas mãos e é bacana poder comparar duas grandes obras. Não podemos negar o que já foi feito."

Gloria Pires e Antonio Calloni, como Dona Lola e Júlio, em 'Éramos Seis' (Globo, 2019) — Foto: Victor Pollak/TV Globo
Gloria Pires e Antonio Calloni, como Dona Lola e Júlio, em 'Éramos Seis' (Globo, 2019) — Foto: Victor Pollak/TV Globo

Relembre mais papéis da carreira de Antonio Calloni

Antonio Calloni, como Claudionor, o Clau-clau, em Anos Dourados (Globo, 1986), personagem de estreia do ator na TV — Foto: Acervo/Globo
Antonio Calloni, como Claudionor, o Clau-clau, em Anos Dourados (Globo, 1986), personagem de estreia do ator na TV — Foto: Acervo/Globo
Antonio Calloni e Thiago Lacerda, como Bartolo e Matteo, em 'Terra Nostra' (Globo, 1999) — Foto: Divulgação/TV Globo
Antonio Calloni e Thiago Lacerda, como Bartolo e Matteo, em 'Terra Nostra' (Globo, 1999) — Foto: Divulgação/TV Globo
Antonio Calloni, como Mohamed, em 'O Clone' (Globo, 2001) — Foto: João Miguel Junior/TV Globo
Antonio Calloni, como Mohamed, em 'O Clone' (Globo, 2001) — Foto: João Miguel Junior/TV Globo
Antonio Calloni, como Padre José, na minissérie 'Amazônia - De Galves a Chico Mendes' (Globo, 2007) — Foto: João Miguel Junior/TV Globo
Antonio Calloni, como Padre José, na minissérie 'Amazônia - De Galves a Chico Mendes' (Globo, 2007) — Foto: João Miguel Junior/TV Globo
Ana Beatriz Nogueira e Antonio Calloni, como Ilana e César, em 'Caminho das Índias' (Globo, 2009) — Foto: Isac Luz/TV Globo
Ana Beatriz Nogueira e Antonio Calloni, como Ilana e César, em 'Caminho das Índias' (Globo, 2009) — Foto: Isac Luz/TV Globo
Antonio Calloni, como Antenor Ferraz, em 'Justiça' (Globo, 2016) — Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Antonio Calloni, como Antenor Ferraz, em 'Justiça' (Globo, 2016) — Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Antonio Calloni, como o vilão Arnaldo, na supersérie 'Os Dias Eram Assim' (Globo, 2017) — Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Antonio Calloni, como o vilão Arnaldo, na supersérie 'Os Dias Eram Assim' (Globo, 2017) — Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Antonio Calloni, como Roger Sadala, médico assediador e protagonista da série 'Assédio' — Foto: Ramón Vasconcellos/TV Globo
Antonio Calloni, como Roger Sadala, médico assediador e protagonista da série 'Assédio' — Foto: Ramón Vasconcellos/TV Globo
Antonio Calloni, como Matias, em Além da Ilusão (Globo, 2021) — Foto: Fábio Rocha/TV Globo
Antonio Calloni, como Matias, em Além da Ilusão (Globo, 2021) — Foto: Fábio Rocha/TV Globo

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