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Sexta-Feira, 03 de maio de 2024

Entretenimento

Caso Klara Castanho: Coren-SP arquiva processo por falta de provas sobre vazamento

Caso Klara Castanho: Coren-SP arquiva processo por falta de provas sobre vazamento

(Imagem: Reprodução/Instagram)

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o processo de investigação do caso da atriz Klara Castanho. O Coren-SP apurava a denúncia de que uma enfermeira a teria abordado e ameaçado divulgar para a imprensa informações sobre a entrega para adoção de bebê que nasceu de um estupro que Klara teria sofrido.

O Conselho disse ainda que realizou uma sindicância sobre o suposto vazamento de informações sigilosas no Hospital Brasil e, em nota, afirmou que "não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes".

Leia a nota do Coren-SP:

Em relação ao caso que envolve a atriz Klara Castanho, sobre possível vazamento de informações sigilosas em hospital no estado de São Paulo, o Coren-SP esclarece que instaurou sindicância para investigação, imediatamente quando foi noticiado pela mídia, prezando pelos princípios da ética e da segurança na assistência prestada pela enfermagem, para apuração de suposto envolvimento de profissionais.

O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou.

O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento.

Destacamos que foram respeitados todos os ritos processuais e que, em todo o processo de investigação que preze pela imparcialidade, são necessárias provas que comprovem as infrações e garantia do amplo direito de defesa. Esses são os princípios que regem a Constituição brasileira e o Código de Processo Ético dos Profissionais de Enfermagem.

O Coren-SP reitera sua solidariedade e disponibilidade à atriz e o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais.

Entenda o caso

Em junho, Klara Castanho, então com 21 anos de idade, usou seu Instagram para fazer um relato emocionante de foi vítima de estupro e que engravidou. Além disso, o bebê foi entregue à adoção. A carta aberta da atriz foi publicada depois que vazaram informações do caso em perfis de fofoca.

Na época, Klara entrou com uma ação contra a youtuber Antônia Fontenelle por danos morais. Em uma primeira decisão, a juíza Flávia de Viveiro de Castro, da 2ª vara civil da Barra da Tijuca, negou o pedido de Klara para que o vídeo de Antonia fosse retirado da internet, informou o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Klara Castanho entrou com um pedido de indenização de R$ 100 mil contra Antonia depois que ela publicou um vídeo em que expõe e critica - sem citar explicitamente o nome da atriz - a entrega de um bebê recém-nascido para adoção. Rapidamente, o conteúdo foi associado aos já existentes rumores relacionados à gravidez de Klara, que só então veio a público revelar ter sido vítima de estupro.

Antonia expôs publicamente Klara, a respeito o processo cujo sigilo é garantido por lei, além de ter sugerido que a atriz teria cometido o crime de "abandono de incapaz" quando, na verdade, a atriz decidiu entregar o bebê legalmente à adoção.

Na carta, Klara conta que não queria expor esse episódio traumático. Mas sites e redes de fofocas trouxeram não só a história a público, mas também especulações e ataques à atriz.

Tudo começou com um post do jornalista Matheus Baldi no dia 24 de maio, dizendo que Klara havia dado à luz uma criança. O post foi apagado a pedido da atriz. Um mês depois, sem citar o nome da atriz, a apresentadora Antônia Fontenelle disse em uma live que uma atriz de 21 anos teria engravidado e entregue o bebê para adoção.

Foi depois disso que Klara decidiu se manifestar pela primeira vez, por meio da carta. Em seguida, o colunista Léo Dias, do site Metrópoles, publicou um texto detalhando o caso. A exposição gerou fortes críticas nas redes sociais e, no dia 25 de junho, a diretora de redação do MetrópolesLilian Tahan, afirmou que o site expôs de maneira inaceitável os dados de uma mulher vítima de violência brutal e que a matéria foi retirada do ar.

No dia seguinte, o colunista Léo Dias publicou um pedido de desculpas à atriz. Ele disse que não deveria ter escrito nem uma linha sobre a história ou ter feito qualquer comentário sobre algo a respeito do qual não tem o direito de opinar. Em vídeo, Antônia Fontenelle tentou se eximir de responsabilidade e não pediu desculpas.

*Quem