Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
O cantor Amado Batista está sendo processado por uma ex-namorada, que atualmente mora em Palmas (TO), e, também, por um casal de caseiros que trabalhava e morava em uma fazenda do cantor em Goianápolis, na Região Metropolitana da capital. Entenda cada um dos processos abaixo.
Os documentos afirmam que, em abril de 2022, um casal de caseiros foi contratado para trabalhar e morar em uma fazenda de Amado Batista, em Goianápolis, Região Metropolitana de Goiânia.
No mês seguinte da contratação, o filho dos funcionários, de 3 anos, caiu em uma piscina da propriedade e morreu afogado. Segundo eles, a piscina não tinha tela de proteção.
O casal diz que a criança foi socorrida pelo gerente da fazenda e levada para uma unidade de saúde em Teresópolis, onde foi constatado o óbito. Para eles, Amado Batista foi negligente com a situação, por não ter oferecido socorro em um hospital mais bem equipado.
Para o casal de caseiros, o cantor também agiu de modo indiferente após a morte da criança. Eles afirmam que foram demitidos meses depois da morte do filho.
Por tudo isso, eles pedem uma indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, além do pagamento de uma pensão mensal, por 65 anos, ou pagamento único de R$ 450 mil. Ou seja, quase R$ 1 milhão, se somadas as duas indenizações juntas.
Cantor Amado Batista — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O advogado Maurício Carvalho, responsável por defender Amado, disse em nota ao g1 que “não é obrigação da fazenda o dever de vigilância e cuidado dos filhos dos colaboradores”.
Segundo a defesa do cantor, a propriedade rural onde aconteceu o acidente conta com mais de 45 funcionários e ambos os pais da criança prestavam serviços no local quando tudo aconteceu. Na fazenda, além da piscina, existem várias represas, o que é comum em qualquer área rural. Portanto, o cantor não contribuiu para que o acidente acontecesse.
O advogado também afirma que o gerente da fazenda prestou toda a assistência e a criança foi imediatamente levada ao hospital mais próximo e que, por isso, Amado também não pode ser acusado de ter negado ajuda.
Em última decisão, em junho deste ano, a Justiça de Goiás decidiu os próximos casos do processo. Foi marcada uma audiência de instrução e julgamento, em que as partes terão o direito de pedir esclarecimentos ou ajustes no prazo de 5 dias.
Segundo documentos do processo, o cantor de 73 anos começou um relacionamento amoroso com Layza Bittencourt Felizardo, de 23, no ano de 2019. Durante o namoro, Amado proporcionou uma vida de luxo à companheira, incluindo uma mesada de R$ 10 mil.
Por conta da vida confortável, Layza parou de trabalhar e passou a atuar somente nas empresas da família do cantor. Ela também passou a morar com Amado em Goiânia, como comprovou no processo com fotos.
O casal passou por uma breve separação em 2022, mas retomaram o relacionamento e ficaram juntos até 2023. Nesse período eles não tiveram filhos.
Em março deste ano, Layza entrou com uma ação para pedir na Justiça o reconhecimento de que viveu em união estável com Amado Batista e, também, que esse relacionamento chegou ao fim.
Além disso, Layza pede o pagamento de pensão alimentícia provisória, já que o ex-namorado tem condições financeiras boas e ela perdeu tudo, ao ter abandonar a própria carreira pelo relacionamento. Atualmente ela mora em Palmas e, por isso, o processo acontece em Tocantins.
Para a jovem, Amado tem condições de pagar a pensão pedida, pois ele é empresário, dono de um patrimônio de cerca de R$ 800 milhões, incluindo uma fazenda com três pistas de pouso, dez lagos, 42 córregos e 20 mil cabeças de gado.
A juíza Helvia Tulia Sandes Pedreira, da 3ª Vara da Família e Sucessões de Palmas, acatou o pedido de Layza, em 31 de março deste ano, e determinou o pagamento de R$ 10 mil em pensão por mês à jovem.
Mas, a defesa de Amado recorreu e conseguiu reduzir o prazo de pagamento para 3 anos. A decisão em 2ª instância é do dia 21 de junho deste ano e cabe recurso.
Amado Batista encerrou comemorações pelo aniversário de Rodrigues Alves — Foto: Marcos Santos/Secom
Ao g1 TO, os advogados do cantor afirmaram que ele chegou a pedir Layza em casamento quando ainda estavam juntos, mas pela idade dele, na época com 71 anos, seria fixado o regime de separação legal de bens. Nesse período, a jovem começou a cursar medicina veterinária em uma universidade particular de Goiânia.
Os advogados dizem que, após o término, Amado disponibilizou um apartamento para que ela pudesse se acomodar e que “nunca deixou de ajudá-la financeiramente”.
Layza tinha pedido à Justiça para que a pensão fosse paga em um prazo de cinco anos, o suficiente para que ela concluísse o curso de medicina veterinária. Mas segundo a defesa do cantor, como ela já tinha concluído quatro semestres da grade curricular (2 anos), eles pediram para que o pagamento fosse feito no prazo de um ano, a contar do fim do relacionamento.
A defesa cita, ainda, que Layza faz campanhas publicitárias, pois tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais. Portanto, tem como se sustentar.
*G1