Douglas Silva, de 35 anos, está visivelmente orgulhoso da estreia de Maria Flor, de 11, do casamento com Carol Samarão, em Fuzuê. Vivendo pai e filha na novela das sete da Globo, a dupla leva a conexão da vida real para a trama de Gustavo Reiz na pele de Claudio e Valentina. Na trama, eles dividem a cena com Fernanda Rodrigues, que completa a família com a Alícia.
Em entrevista a Quem, o ator reconhece o privilégio de poder amparar a pequena nos estúdios em sua primeira vez num folhetim global. "Só quero passar os exemplos. Muito feliz que Maria Flor conseguiu virar minha colega de trabalho, é muito legal isso. Só tento passar positividade para ela, mostrar que estou ali ao lado dela para dar esse apoio, coisa que não tive, um pai ou uma mãe presente dentro de um set", afirma.
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Ele conta que os dois não costumam treinar os papéis fora do ambiente de trabalho. "Geralmente, a gente não passa texto dentro de casa. Ela tem uma preparadora, a Fabi. Ela já está com o texto na cabeça. Quando chega no set, a gente já está passando e vamos embora, cada um fala a sua ou visito o camarim dela e a gente passa a cena", relata.
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Sobre a representatividade de Maria Flor como atriz preta desde criança, Douglas aposta no potencial da filha de se tornar referência para outros seguirem seu caminho. "Tem mais espaço, mas não tem referência de criança. Conversei isso com a Maria Flor de perguntar pessoas que ela gostava, e ela citou umas cinco, mas nenhuma preta. Aí eu falei: 'Você está vendo que você tem essa vaga, você pode ser essa pessoa'", explica.
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O artista, que iniciou ainda garoto no prestigiado Cidade de Deus (2002), também compara o começo da carreira de Maria Flor com os seus primeiros passos. "Quando comecei, não tinha essa referência. As pessoas pretas que via na televisão eram, geralmente, pessoas estrangeiras. Tinha um cara que amo, que era o Mussum, que foi referência para mim em muitas coisas, mas falei que a Maria Flor pode ser essa pessoa, estar no lugar para que talvez a irmã dela pense em trabalhar como atriz e ver como referência", reflete ao mencionar a caçula, Morena, de três anos.
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Douglas confessa o nervosismo em contracenar com a estreante sendo a própria filha. "A gente só levou um pouco do nosso convívio de dentro de casa para o trabalho. Às vezes, até tento diminuir [o contato] para não desconcentrar. Fico mais nervoso que ela, porque não quero que ela erre. Apesar de poder errar, não quero isso e ela manda superbem. Todo mundo é só elogia e não tenho o que falar, já rasguei muita seda", declara.
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Realizado, o ator descarta receio com a decisão de colocar a primogênita para atuar ainda na infância. "Maria Flor é uma criança muito determinada, muito inteligente, posso arriscar dizer que ela é à frente do seu tempo, com uma responsabilidade e maturidade incríveis. Não tinha como ter medo", avalia. "Falo para ela que o céu é o limite. Sei que ela vai alçar novos voos, e vejo o retorno e o carinho que o público tem", acrescenta.
Ele ainda credita Carol Samarão, mãe de Maria Flor e Morena, pelas orientações mesmo fora das câmeras. "Tenho uma parceira também gente boa, que fecha muito com a gente, que é a Carolina, minha esposa, a gente está junto há 18 anos, casados há 15, e a gente está ali no processo de ajudar a Maria a se formar como cidadã, forma o caráter dela", conclui.
*Quem