Sophie Charlotte, 34, e Daniel de Oliveira, 46, nem sonhavam em ser um casal quando a atriz foi impactada pela interpretação do atual marido em Cazuza – O Tempo Não Pára, de 2004. Quase duas décadas de distância separam as estreias da cinebiografia do Exagerado protagonizada pelo ator e de Meu Nome É Gal, filme de Gal Costa (1945-2022), estrelado pela atriz, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (12).
“Eu tinha 14 anos quando eu assisti ao filme do Cazuza, eu entrei escondida, não podia [classificação indicativa de 16 anos]. Vi o filme, não conhecia o Daniel e não conhecia a obra do Cazuza, conhecia muito pouco. A partir do filme, eu baixei as músicas naquele MP4 pequenininho e fiquei fascinada, apaixonada pelo Cazuza”, relatou a atriz.
Hoje, Sophie conta à Quem como espera que adolescentes sejam tocados pela relevância da narrativa interpretada por ela da mesma forma que foi transformada pela produção do amado, com quem se casou 11 anos depois daquela sessão de cinema.
“Agora, lançando o filme, eu fiquei pensando: ‘Será que nosso filme vai ter um impacto de convidar pessoas que ainda não tem toda essa paixão que nem eu tenho? Essa obsessão, compulsão de ouvir Gal Costa e toda essa turma da Tropicália como eu faço? Será que vai servir também de convite? Tomara que sim”, refletiu.
Ela defende a importância de homenagear grandes figuras da cultura nacional em cinebiografias para promover a reflexão dessa relevância. “Uma criação de caráter do Brasil. São figuras muito importantes pra mim. Fiz com todo meu coração”, afirmou. “A influência maior foi do dia a dia, ficava cantando que nem uma doida no chuveiro. Óbvio que músicas da Gal”, completou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2023/7/U/emaqs0Q4O64ATQBVpFQA/meunomeegal-stellacarvalho-000500.jpg)
A atriz ainda cita amigos que viveram Gonzaguinha e Elis Regina, respectivamente, nas telonas e também inspiraram seu trabalho. “Teve Julinho Andrade, que é muito meu amigo, a Andreia Horta, que eu passei o Réveillon antes das filmagens, entre muitos amigos que já passaram por experiências parecidas. Eu fui pegando ali caminhos”, explicou.
“Mas nossa feitura foi muito particular, essa parceria com minhas diretoras, o tempo que ficamos no projeto, a troca com os atores, a ideia dessa turma jovem, um corte específico de tempo, foi muito específico”, pontuou.
Questionada sobre a última memória com Gal Costa, que nos deixou em novembro de 2022, a atriz diz reunir as vivências em uma só. “Não lembro da última, é um compilado. É tudo junto, que nem esses dias de lançamento, parece que é um dia só", afirmou.
"Fui somando todos os encontros que eu tive com ela e guardando num lugar muito especial do meu coração e agradeço ela ter me possibilitado. O convite veio das diretoras, agradeço para sempre essa vivência, mas ela me permitiu, ela me autorizou. Isso tem uma força muito grande pra mim”.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2023/9/t/XkDjPBSUy1YBiVrhK7TA/meunomegal.jpg)
Em cartaz nos cinemas, Meu Nome É Gal retrata a carreira de Gal Costa entre as décadas de 1960 e 1970, embaladas pelo movimento do tropicalismo e as represálias da ditadura militar. O filme ainda conta com Luis Lobianco no papel de Guilherme Araujo, Rodrigo Lelis como Caetano Veloso, Camila Mardila como Dedé Gadelha e grande elenco dirigido por Loli Politi e Dandara Ferreira, que também vive Maria Bethania.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2023/A/d/ztOvz2SyuDUP3mOt2h6A/meunomeegal-stellacarvalho-001419.jpg)