Domingo, 24 de novembro de 2024
Domingo, 24 de novembro de 2024
Tati Machado viralizou com um relato que ironiza a romantização da obesidade. No sofá do Saia Justa, do GNT, a apresentadora de 33 anos usou a rede nacional para abordar a autoaceitação com anúncios ilusórios sobre "preenchimento de papada" e "conquista de celulites". Dias depois, foi homenageada no B.O.D.Y., evento de Ju Ferraz sobre empoderamento feminino, após ser voz de palestra sobre corpo livre. A comunicadora fala em entrevista exclusiva para a Quem sobre o atual espaço na mídia para inspirar outras mulheres.
"Estou me sentindo feliz para caramba, como diz uma boa carioca. [Saia Justa] É um espaço que me sinto de verdade muito acolhida, quando a gente está em lugares que a gente se sente segura para falar sobre tudo, para se expor sobre tudo. Nunca tive muito problema de falar sobre mim, de contar as minhas coisas mais internas, me abrir de verdade", iniciou.
Tati destaca a conexão com Eliana, Rita Batista e Bela Gil para abrir inseguranças, experiências pessoais e debater pautas, como a pressão estética, perdas familiares e vida sexual. "Acho que acabei encontrando um time de meninas que estão ali muito abertas para fazer essa troca e mais do que poder falar e dividir sobre as minhas experiências, está sendo muito enriquecedor também escutar o que elas têm para dizer e trocar as experiências. Elas têm coisas incríveis e tenho aprendido demais".
Campeã do Dança dos Famosos 2024, ela fala do objetivo de mostrar para o público feminino o quanto a relação com o próprio corpo pode ser libertadora. "Tenho hoje em dia, ainda bem, a custo de muito trabalho, um espaço de visibilidade. Sinto quase como um propósito mesmo, de inspirar as pessoas, de falar especialmente para as mulheres, que é possível você realizar seu sonho. Não estou falando necessariamente no sonho que a pessoa tem de se tornar apresentadora ou de estar frente das telas, mas sentir que seu corpo é capaz de chegar onde você quiser chegar", disse.
"Não poderia não me juntar a essa causa e estar junto para todo mundo ir de mão dada e que a gente se liberte mesmo", completou.
E a tentativa de "fingir costume" segue firme na rotina da jornalista que passou a virar notícia ao longo dos últimos anos, seja pelo trabalho, ascensão nas redes sociais ou pelo casamento com o cineasta Bruno Monteiro. "Ainda não me acostumo, acho que você vai fazer 80 entrevistas comigo e vou te dizer que não me acostumo. Principalmente, porque a gente sabe que sai de tudo, desde as notícias que te abraçam e que te jogam lá para cima e outras notícias que não fazem isso", refletiu.
"Mas é o que acontece quando a gente tem visibilidade, mais pessoas têm mais interesse de entender sobre a sua vida, conhecer sua vida. Acho que eu também faço isso, consumindo outros artistas, outras celebridades que gosto. Acho que é normal, mas sigo tentando fingir o costume", concluiu.
*Quem