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Quinta-Feira, 29 de maio de 2025

Esportes

Abel valoriza 'contratação da presidente' após 1º gol de Roque pelo Palmeiras

Abel valoriza 'contratação da presidente' após 1º gol de Roque pelo Palmeiras

Abel Ferreira em Vasco x Palmeiras (Imagem: César Greco/Palmeiras)

Abel Ferreira deixou o Mané Garrincha fazendo críticas ao gramado do estádio, mas satisfeito com a postura do Palmeiras e a união da equipe, que venceu o Vasco neste domingo, por 1 a 0, com milagre defensivo de Giay e o primeiro gol de Vitor Roque.

– Uma das funções do treinador é ajudar os jogadores a evoluir e mesmo em momentos difíceis da sua travessia, tem que estar lá para ensinar, deixa-los de fora, mas ao mesmo tempo para dar carinho – iniciou o treinador, em referência à dupla.

Vasco 0 x 1 Palmeiras | Melhores momentos | 7ª rodada | Brasileirão
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– "Vitor Roque custou não sei quanto, tem que chegar aqui…". Não. Ele é um moleque espetacular, humilde, que trabalha, que deu um passo atrás para no futuro dar três passos à frente. Vocês viram como o grupo festejou o gol dele. Isso é reconhecimento do trabalho coletivo.

– Entendo a cobrança de uma parte, então é preciso que ele entenda: o clube acredita nele. Muito. Foi uma contratação, não foi minha, foi da presidente. Eu digo "Para essas contratações não me pergunte, vá lá e traga. Depois fazemos o resto." Ajudamos, educamos, ensinamos, como foi com Giay. Mas é preciso ter paciência.

As referências do treinador à necessidade de paciência existem por motivos distintos. No caso de Giay, o lateral-direito chegou do San Lorenzo, da Argentina, para substituir Marcos Rocha no futuro, mas teve dificuldades no início e só agora em 2025 vem fazendo bons jogos. Enquanto Vitor Roque, contratação mais cara da história do Palmeiras, vinha buscando seu primeiro gol há 12 partidas - marcou na 13ª.

– Se eu faço o que boa parte da torcida manda, temos que toda semana mandar 20 jogadores embora e às vezes o treinador também e buscar outros jogadores – disse Abel.

Abel Ferreira diz que adotou uma estratégia semelhante à utilizada diante do Ceará, pela Copa do Brasil, e vê que faltou ao Palmeiras mais velocidade, dinâmica e primor técnico no primeiro tempo. Para o técnico, muito por conta da qualidade do gramado.

– Esse estádio é belíssimo, mas é uma pista cheia de buracos. É difícil o carro aqui alocar nas curvas, atingir a velocidade máxima, difícil. Com uma pista dessas a corrida não vai ser muito dinâmica, fluida, com velocidade. Mas fica uma partida bem conseguida.
 
Vitor Roque desabafa que vem buscando o gol há muito tempo: "Sensação de alívio"
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  • Palmeiras tem agora o melhor futebol do Brasil?
 

– Não gosto de dar muita moral a nossa equipe. Em casa é igual. Se calhar poderia elogiar mais, mas eu sei que as vezes os elogios massageiam o ego. Depois deixamos de estudar, porque tirei uma excelente nota no último teste, até meu pai disse "és muito boa, espetacular, vamos celebrar". Mas na próxima semana tem outro exame. O que posso dizer é que gosto muito de ver nossa equipe competitiva. Trocando um, dois três quatro jogadores, nós estamos lá.

– Gosto de ver meus jogadores a celebrar e sobretudo aqueles… é difícil pra mim deixar Veiga, Maurício, Murilo, fora. Mas você vê, o Allan entra, a dinâmica que este miúdo nos dá a equipe, uma máquina. E nós temos que tentar ser o mais coerente possível.

– Ainda está muito no início. Nem olho muito para a classificação, queremos somar pontos, hoje somamos mais três. Eu gostaria mesmo de quando chegar em dezembro estar em primeiro, aí eu ia ficar contente, agora pouco importa. É importante chegar nos últimos dez metros, que são os últimos dez jogos, estar ali na disputa. Se conseguirmos fazer isso, vamos brigar até o fim como fizemos nos últimos anos.

"Se você criticou o Giay, agora tem que agradecer", brinca Leandro Bocca | Voz da Torcida
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  • Movimentação com dois atacantes por dentro e outras vezes com dois infiltrados é pensando na saída de Estêvão?
 

– Não me faças essa pergunta (risos). Não quero pensar nisso. Imaginem com uma pista top. Imaginem com a pista de, no campo, vocês viram o jogo entre Inter de Milão e Barcelona, imagine naquele tapete. Se todos tiverem um bocadinho de paciência, o treinador para onde ele for, a equipe pra onde ele for, mas não vou continuar porque se não vai ficar com o ego ainda mais inchado e eu não quero. Mas também não quero muito pensar nisso, quando chegar a altura dele ir embora acho que é um prêmio para todos nós que estamos aqui, treinador, staff, direção, pra formação do Palmeiras. Não é o primeiro segundo terceiro nem vai ser o último.

– Eu prometo que no final vou fazer a minha seleção, no dia que eu for embora, dos jogadores que nos ajudamos aqui a ver se eu consigo fazer uma equipe com esses jogadores que nos em conjunto vendemos.

– Mas não quero muito pensar nisso, quando chegar esse problema vou resolver, eu e todo staff como sempre fizemos. Vamos desfrutar mesmo com uma pista cheia de buracos, desfrutar de tudo que ele faz.

  • Sobre o mental de Raphael Veiga neste momento de retorno.
 

– Veiga talvez nos últimos quatro anos tenha sido o jogador mais regular do futebol brasileiro. Se não um dos melhores jogadores do futebol brasileiro nos últimos anos, basta ver os números dele. Só que o futebol brasileiro não dá tréguas a ninguém. São oito anos no Palmeiras. No início foi duro pra ele, eu vi gente a queimar a camisa dele.

– Quando eu cheguei… em 2021 ou 2022 ele foi a seleção. Ano passado ou há dois anos era o meia com mais gols no mundo. O futebol brasileiro não dá tréguas a ninguém. Não há problema nenhum o Veiga ficar no banco e ficar fora e quando jogar nos voltar a ajudar. Fazer o que ele fez nos últimos quatro cinco anos, diga um jogador que tenha conseguido estar no Brasil ao nível de rendimento, assistências e gols como ele nos últimos quatro anos. Não tem.

– Talvez essa parada tenha sido boa para ele. Imagine um treinador como eu a sorte que é de poder ter o Veiga no banco. A sorte que eu tenho (risos).

– Ele ajuda de muitas maneiras. É um capitão invisível, já lhe meti a braçadeira duas ou três vezes, talvez ele seja dos jogadores dentro do clube, acho que o Lopez já falou nisso, que mais ajuda aos nossos jogadores a entenderem o que é o Palmeiras, a torcida, a exigência. Talvez dos jogadores o que mais ajuda os mais novos na integração e adaptação dos que chegam.

– O que mais ajuda os outros em prol dos objetivos coletivos. E eu valorizo muito isso e por isso nunca o deixamos sair, mesmo vindo ofertas de fora, e mesmo ele dizendo: mas estou aqui no banco. Mesmo no banco o clube reconhece todo esse trabalho invisível.

– Ninguém é obrigado a estar sempre no top, ninguém consegue estar sempre na nota 10. É permitido o jogador passar momentos em que as coisas não estão a sair e nós como comissão e clube ajudá-lo naquilo que for preciso pra que o mais rápido volte aquilo que sempre foi e vai nos ajudar seguramente.

*GE

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