A três dias do fim da janela de transferências, o Al-Hilal vive um dilema. A equipe precisa negociar um de seus estrangeiros se quiser contar com Neymar na primeira metade do Campeonato Saudita. Com a chegada do lateral João Cancelo, o clube tem nove atletas nascidos fora do país asiático em seu elenco, acima do limite de oito.
Para esta temporada, a Federação Saudita de Futebol ampliou a permissão para até 10 estrangeiros em cada equipe, mas com uma restrição: dois deles precisam ser nascidos a partir de 2003. Os atuais nove que compõem o grupo no Al-Hilal são todos maiores de 21 anos.
O atacante brasileiro Marcos Leonardo, do Benfica e ex-Santos, é alvo do time de Jorge Jesus e se encaixaria no perfil dos jovens aceitos, que não obrigariam uma transferência dos demais estrangeiros.
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A princípio, a saída de Michael para o Flamengo abriria espaço para uma eventual inscrição de Neymar. No entanto, dias depois, o Al-Hilal anunciou o lateral Cancelo, ex-Barcelona e Manchester City. Caso nenhum estrangeiro seja negociado, o time tem o risco de poder contar com o seu camisa 10 na liga local somente a partir de janeiro.
Os estrangeiros do elenco do Al-Hilal:
- Bono, goleiro (Marrocos)
- Koulibaly, zagueiro (Senegal)
- Renan Lodi, lateral (Brasil)
- João Cancelo, lateral (Portugal)
- Rúben Neves, volante (Portugal)
- Milinkovic-Savic, meia (Sérvia)
- Mitrovic, atacante (Sérvia)
- Malcom, atacante (Brasil)
- Neymar, atacante (Brasil)
Contratado em janeiro, o lateral Renan Lodi ocupou a vaga de Neymar entre os inscritos do Al-Hilal, mas seria um dos candidatos a abrir espaço para o retorno do atacante. Segundo a imprensa saudita, o lateral ex-Athletico-PR teve ofertas do futebol turco.
Nas redes sociais, a torcida do Al-Hilal começou uma campanha para que o clube negocie Lodi e inscreva Neymar, mesmo sem saber quando poderá contar com o camisa 10. No perfil do Instagram do técnico do Jorge Jesus, os torcedores comentam e exigem, em português e inglês, que o treinador deixe o lateral ser negociado.
Neymar se lesionou em outubro do ano passado, na derrota da seleção brasileira para o Uruguai pelas eliminatórias, e fez apenas cinco jogos pelo Al-Hilal. Ele sofreu a pior lesão da carreira, passou por cirurgia e está em reta final do tratamento. Mas seu retorno ainda tem previsão incerta.
O atacante segue com treinos físicos e deve voltar a trabalhar com o elenco do Al-Hilal na segunda metade de setembro. Um prognóstico otimista indica a volta aos gramados em outubro. Caso não negocie um de seus estrangeiros, Neymar só poderá ser inscrito no Campeonato Saudita em janeiro, a seis meses do fim de seu contrato.
O clube saudita, porém, poderia utilizá-lo na Champions League da Ásia. No torneio continental, cada time pode inscrever 25 jogadores na fase inicial. A restrição de estrangeiros é apenas na lista de relacionados para cada partida: um limite de seis não nascidos no país por jogo.