Domingo, 17 de novembro de 2024
Domingo, 17 de novembro de 2024
Pelo ano segundo consecutivo, Botafogo e Palmeiras brigam pelo título do Brasileirão. E, à moda de 2023, o treinador português Abel Ferreira parece elogiar o alvinegro publicamente, e dizer que reconhece sua superioridade, como estratégia para transferir a carga emocional para o adversário — deu certo no ano passado, e o alviverde foi campeão. Artur Jorge, seu compatriota e comandante da equipe carioca há sete meses, também entende desta maneira.
Na sexta-feira passada (8), após a vitória do Palmeiras sobre o Grêmio, no Allianz Parque, Abel apontou uma melhora do time alviverde em relação à pontuação do ano passado, mas reconheceu o "desempenho fora da curva" do Botafogo: "Tem tudo para serem campeões, tem uma bela vantagem", disse o treinador.
Em entrevista exclusiva ao GLOBO, que será publicada na íntegra neste domingo, Artur Jorge comentou um pouco a respeito de como lida com os adversários da tabela, que o Botafogo lidera. Mostrando o porquê de fugir de polêmicas, disse saber lidar com as estratégias de comunicação alheias, mas não poder controlá-las.
Ao contrário de compatriotas e antecessores, você sempre desvia das polêmicas nas entrevistas. É estratégico?
É minha forma de ser. Eu jogo desde os 11 anos, minha paixão é futebol, não é defender meu cargo, meus resultados. O que me move é o jogo, discuti-lo. Há polêmicas, em todas as coletivas teríamos razões para falar do que quer que fosse. Mas acho que é o caminho mais fácil, que não vai acrescentar nada e não me preenche.
Abel Ferreira, do Palmeiras, usa esses momentos de forma estratégica. Entende assim quando ele diz que o Botafogo tem tudo para ser campeão?
Entendo, claro. Já discuti com a equipe também. Nós não podemos ficar adormecidos, isso não pode nunca castrar nossa ambição. Falo disso sempre, de estratégias de comunicação de adversários. Mas não controlo. Vivo e lido, mas não controlo.
*O Globo