Corinthians e patrocinadora têm dia decisivo por futuro de contrato de R$ 309 milhões

A patrocinadora do Timão entrou em uma lista de casas de apostas com restrição de operação em abrangência nacional. Por meio da Loterj, órgão do governo do Rio de Janeiro que gere as loterias estaduais, a empresa tem autorização para poder atuar somente no estado.

No entanto, a empresa ainda precisa se enquadrar na regra nacional para obter a liberação total.

Na última quarta-feira, a CBF encaminhou um ofício ao Corinthians citando o artigo 114 do Regulamento Geral de Competições, que fala que a exibição de publicidade ou propaganda de empresas operadoras de apostas esportivas nos uniformes das equipes fica "condicionada ao cumprimento irrestrito dos requisitos na regulamentação do Ministério da Fazenda".

Em nota divulgada no início da semana, a Esportes da Sorte diz que ainda busca a autorização para seguir operando em todo o Brasil, mas que cumpriu as exigências necessárias para ter o aval. Até o momento, 210 casas de apostas conseguiram autorização.

Veja a íntegra do comunicado da empresa:

O Grupo Esportes da Sorte tem autorização de funcionamento confirmada e validada pela LOTERJ e, portanto, obtém aval da autarquia para funcionamento por um prazo inicial de 05 (cinco) anos.

Pleiteia, em adição, a licença da SPA/MF, e aguarda, nos próximos dias, deferimento de mais uma licença após recurso administrativo, dado o estrito cumprimento de todo rito legal e normativo estabelecido pela legislação e suas respectivas portarias.

O Grupo Esportes da Sorte reforça seu compromisso com a regulamentação do setor e com o jogo responsável, fazendo coro pelo mercado legal e idôneo, visando a proteger os interesses dos apostadores e primando por uma indústria séria e transparente.

Caso não obtenha a licença para seguir em operação no Brasil até esta sexta-feira, o site da Esportes da Sorte não ficará mais disponível para operar. Isso faria com que a empresa não tivesse mais recursos para honrar o contrato firmado com o Corinthians.

Ciente desta possibilidade, o Timão pode retirar a marca da camisa caso a empresa não consiga fazer a regularização até o prazo estipulado pelo Governo Federal. A partir daí, teria de aguardar uma possível ação por parte empresa na Justiça na tentativa de conseguir a liberação para funcionar no Brasil.

O Corinthians se apega a dois fatores para ter segurança em relação ao futuro. Além de uma multa de R$ 100 milhões que deve ser paga pela empresa em caso de rescisão contratual, o clube foi procurado por duas empresas interessadas em estampar o principal espaço da camisa.

O acordo entre o clube e a casa de apostas é de R$ 309 milhões até o fim de 2026, com R$ 57 milhões de aporte para o pagamento de boa parte do contrato com o holandês Memphis Depay, principal reforço do clube no ano e que chegou graças a participação direta da empresa.

*GE