CRB apresenta balanço financeiro de 2024; confira

A maior fonte do CRB em 2024 veio do direito de participação na Liga Forte Futebol, somando R$ 20,2 milhões e representando 33,62% de todas as receitas.

Diretor de finançar do CRB, Felipe Baracho disse que os números estão aumentando ano a ano.

- O ano de 2024 foi o ano de maior arrecadação do CRB na história. São pouco mais de R$ 60 milhões arrecadados. Lógico que, desse valor, R$ 20 milhões vieram da Liga Forte, é um dinheiro único, e o CRB não utilizou 100% no futebol, para contratação de atletas. Esse dinheiro é único, não é recorrente, mas precisamos ter responsabilidade. Ano passado, a gente, infelizmente, precisou sangrar para não cair da Série B para a Série C. Foi um ano difícil, principalmente no segundo semestre, envolvendo questões extracampo, e a gente reconhece isso. E agora a gente precisa mudar a chave e buscar um novo cenário - explicou Baracho, acrescentando:

- Se a gente tirar esses R$ 20 milhões, fica com R$ 40 milhões, e é uma receita quase que recorrente, sempre crescendo. Em 2021, tivemos aproximadamente uma receita de R$ 23 milhões, em 2022, foi de R$ 26, 27 milhões, se não me engano. Em 2023, a gente bateu R$ 45 milhões, mas, desses, foram R$ 9 milhões da Liga Forte. Então, a gente teve R$ 33, 34 milhões de receita.

Em 2023, o CRB também teve superavit de R$ 4,7 milhões em razão da cota da Liga Forte, mas o presidente do clube, Mário Marroquim, explicou que as despesas aumentaram justamente porque a diretoria contava com esses recursos.

Cotas

Em 2024, apenas as cotas do Brasileiro da Série B renderam R$ 8,6 milhões (14,37% do total), seguidas pela Copa do Brasil (R$ 7,6 milhões) e Copa do Nordeste (R$ 3,9 milhões). O programa Sócio Torcedor rendeu ainda R$ 1,8 milhão.

Também chama atenção o valor arrecadado com bilheteria (R$ 3,4 milhões) e empréstimos ou transferências de atletas, que somaram R$ 2,9 milhões.

- O item billheteria é interessante. Logicamente que a gente tem o recorte da final da Copa do Nordeste (contra o Fortaleza), que foi (uma arrecadação) fora da curva, por volta de R$ 1,5 milhão de receita num só jogo. E eu gosto de retirar esse valor e observar que a receita vai bater R$ 2 milhões, o que é um gráfico de crescimento - comentou Baracho.

Sobre empréstimos e transferências de atletas, Baracho disse que o clube está investindo em ativos que possam render no futuro.

- Nosso sonho era colocar o CRB no mercado da bola. E essa é uma mentalidade que trouxemos para o clube, investir em ativos do próprio clube, seja da base ou do profissional, trazendo jogadores jovens e com potencial de mercado. E isso rendeu (em 2024) quase R$ 3 milhões com a negociação de atletas. Esse dinheiro é investido na compra de novos ativos.

Despesas com pessoal: maior peso no orçamento

Por outro lado, o principal peso nas contas do CRB foi com a folha de pagamento e encargos trabalhistas. As despesas com pessoal totalizaram R$ 31,5 milhões, ou 56,20% do total de gastos do clube. Somente os pagamentos relacionados a direitos de imagem, bônus e encargos representaram R$ 29,6 milhões (52,87%).

O valor gasto com comissões a agentes de patrocínio e futebol totalizou R$ 2,78 milhões (4,96%). As premiações desportivas chegaram a R$ 6,4 milhões.

Custo de operação

Outros setores que pesaram no orçamento foram os serviços prestados por pessoa jurídica (R$ 4,4 milhões), e os custos com logística e jogos fora de casa (R$ 1,1 milhão). Também se destacam os custos com transporte e hospedagem de atletas, materiais esportivos, seguros e despesas administrativas. O apoio às torcidas organizadas também custou R$ 11, 3 mil ao clube.

• Receita total: R$ 60,3 milhões
• Despesas totais: R$ 56,1 milhões
• Superavit: R$ 4,2 milhões
• Cota do Brasileiro da Série B: R$ 8,6 milhões
• ️ Bilheteria: R$ 3,4 milhões
• Sócio Torcedor: R$ 1,8 milhão
• Transferência de atletas: R$ 2,9 milhões
• Direitos da Liga Forte Futebol: R$ 20,2 milhões
• Gastos com pessoal: R$ 31,5 milhões (56,2% das despesas)