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Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Esportes

Cruzeiro 'agride' pouco o Boca na ida das oitavas e terá que virar em casa

Cruzeiro 'agride' pouco o Boca na ida das oitavas e terá que virar em casa

(Imagem: JUAN MABROMATA / AFP)

Cruzeiro se viu obrigado a conquistar um placar de, pelo menos, dois gols de diferença para passar às quartas de final da Conmebol Sul-Americana, sem precisar da disputa de pênaltis. De um primeiro tempo no positivo, com bom controle defensivo, a Raposa perdeu as rédeas no segundo tempo. A equipe teve desempenho ofensivo decepcionante, deixou o Boca controlar e dominar os ânimos e foi derrotada na Bombonera por 1 a 0.

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No primeiro tempo, o Cruzeiro começou muito bem. Segurando o Boca na saída de bola, impediu que o time argentino pressionasse nos 10, 15 minutos iniciais, tendo mais dificuldade somente em uma sequência de dois ataques, mas sem grandes atropelos. O jogo aconteceu, praticamente todo, no ataque cruzeirense.

Com um meio de campo mais robusto, com Walace e Lucas Romero, o Cruzeiro conseguiu neutralizar Zenón e Saralegui, além de impedir os perigosos avanços dos laterais Advíncula e Blanco com os apoios de Barreal e Lautaro Díaz. Cavani e Merentiel pouco recebiam a bola.

Diante de um Boca Juniors de pouco brilho e com dificuldade no volume de jogo, até mesmo de se impor em seu caldeirão, o Cruzeiro controlava bem a partida e os ânimos. Foi até sendo condicionado pelo árbitro, finalizando a primeira etapa com quatro cartões amarelos recebidos. Perdeu força de combate e teve os últimos cinco minutos de etapa inicial como piores. Mas a situação disciplinar não afetou o placar.

Boca Juniors x Cruzeiro — Foto: JUAN MABROMATA / AFP

Boca Juniors x Cruzeiro — Foto: JUAN MABROMATA / AFP

No ataque, criou muito pouco, em uma atuação de baixo rendimento. Barreal quase não foi utilizado como escape na esquerda. Matheus Pereira criou e se movimentou pouco para buscar soluções. Teve outro jogo de pouco brilhantismo. Com um setor mais móvel, esperava-se um jogo de mais mobilidade, o que não se viu.

A missão era melhorar neste aspecto, no segundo tempo. Entretanto, a melhora não veio, e o bom desempenho defensivo foi por água abaixo.

Com uma mudança, o Boca mudou a dinâmica de jogo e posicionamento de seus médios, desencaixando a marcação do Cruzeiro. Martegani entrou e, fazendo parceria com Blanco na esquerda, mudou o panorama de jogo.

Cássio, que pouco trabalhara, teve que atuar mais. No miolo de ataque, com mais espaço, o Boca assumiu as rédeas da partida e, aí sim, sufocou o Cruzeiro no campo defensivo. Em um desacerto de marcação, o jovem Zenón (participou das Olimpíadas) recebeu livre e passou para Cavani que, entre os zagueiros, tocou por cima de Cássio para abrir o placar. Merentiel e Cavani passaram a receber mais bolas.

O goleiro cruzeirense evitou mal maior. Cavani acertou na trave e, no rebote, Cássio defendeu chute à queima roupa de Zenón. O Boca seguiu melhor e, mesmo não tendo a mesma qualidade e jogadores que desequilibram de outros tempos, manteve o domínio do jogo e sofreu pouco com o Cruzeiro. Kaio Jorge e Lautaro Díaz até levaram perigo em chutes da entrada da área, mas não conseguiram evitar a derrota.

Boca Juniors x Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Boca Juniors x Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Pelo que se viu, o Cruzeiro criou pouco e perdeu o domínio de um jogo que estava bem controlado na primeira etapa. Pela qualidade técnica do time e diante do momento do adversário, o cenário poderia ser bem diferente.

No Mineirão, será preciso assumir o protagonismo, voltar a desempenhar bem ofensivamente e não ser envolvido pela eventual catimba que o Boca possa praticar. O duelo das oitavas de final ainda está bastante aberto. O Cruzeiro tem mais qualidade técnica, conta com a força no Mineirão, mas precisará se impor diante de um rival de envergadura mundial.

*GE