Cruzeiro conta com 'lei do ex' e brilho de Dinenno para empatar

O Cruzeiro entrou com um time bem modificado. Titulares nos últimos jogos, William, Zé Ivaldo, Walace, Matheus Pereira e Lautaro Díaz não começaram jogando. O time não se encaixou em campo e sofreu no Barradão.

Sem a expulsão de Neris, já na reta final do primeiro tempo, dificilmente o cenário iria ser modificado pelo Cruzeiro. O Vitória dominava a partida completamente, enquanto a Raposa praticamente não oferecia perigo ao goleiro Lucas Arcanjo.

O Vitória sufocou e amassou o Cruzeiro com 11 em campo. Marcou de pênalti com Osvaldo e ampliou com um golaço de Alerrandro, em lance que contou com falha de João Marcelo e de posicionamento do lado esquerdo do time. Com defesas, Cássio impediu que o time levasse uma goleada no primeiro tempo.

O Cruzeiro poderia ter levado mais gols. Mas com um a mais, ganhou vantagem numérica e começou a melhorar ainda no primeiro tempo, tendo mais volume ofensivo e finalizando em direção ao gol do Vitória.

No segundo tempo, o time ganhou mais qualidade técnica com a entrada de Matheus Pereira e Walace no meio de campo. Kaiki marcou mais presença no campo ofensivo e deu qualidade ao lado esquerdo nos cruzamentos. Dinenno entrou para ocupar a grande área e foi a peça decisiva para conseguir o empate.

O atacante conseguiu dois gols de cabeça, mostrando mais uma vez muita qualidade neste quesito. Merece uma chance no jogo contra o Boca pela presença na área e qualidade de finalização.

Dinenno poderia ter aplicado um hat-trick, marcando o terceiro gol nos acréscimos, mas parou em Lucas Arcanjo, após grande defesa. Matheus Henrique também teve grande chance, mas o goleiro do Vitória fez outra ótima intervenção.

Nos acréscimos, faltou mais ataques incisivos e força ofensiva para pressionar ainda mais e buscar a virada. Mas o Cruzeiro salvou um ponto que parecia perdido pelo que foi produzido na primeira etapa.

O empate em Salvador evita um mal maior em uma semana decisiva na Conmebol Sul-Americana. O Cruzeiro precisa vencer o Boca Juniors, por mais de um gol de diferença, para avançar às quartas de final.

Apesar de completar o quarto jogo sem vencer na temporada, o Cruzeiro se salva de uma derrota, diminui o impacto ruim do primeiro tempo em Salvador e garante mais tranquilidade ao trabalho de Fernando Seabra e jogadores dias antes do jogo no Mineirão. Mas o clima depende de quinta-feira...

*GE